Economia

Bolsa tem leve alta após PIB melhor que o esperado

O PIB do Brasil cresceu 0,1% no período, segundo o IBGE
Bolsa tem leve alta após PIB melhor que o esperado
Foto: Reprodução Adobe Stock

São Paulo – Após uma sessão instável, a Bolsa brasileira terminou o dia com leve oscilação positiva de 0,07%, aos 126.903 pontos, ganhando força após a divulgação de dados melhores que o esperado sobre o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no terceiro trimestre, mas pressionada pela queda das commodities.

O PIB do Brasil cresceu 0,1% no período, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), numa desaceleração em relação aos três meses anteriores. O dado, porém, ficou acima da projeção de queda de 0,3% feita por analistas consultados pela agência Bloomberg.

Além disso, o consumo das famílias cresceu 1,1% e mostrou resiliência, o que impulsionou ações do setor de varejo. GPA, Magazine Luiza, Grupo Soma e Arezzo estavam entre as maiores altas da sessão, com avanços de 15,84%, 7,00% e 3,91%, respectivamente.

“O resultado veio mais uma vez acima do esperado, com queda menor da agropecuária e resiliência dos serviços. Os serviços e o consumo das famílias seguem em seus picos históricos e representam um importante suporte para o crescimento da economia”, afirma João Savignon, chefe de pesquisa de macroeconomia da Kínitro Capital.

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Na Bolsa brasileira, além das varejistas, a CVC e a Cyrela também aparecem na lista das maiores altas do dia, com altas de 7,80% e 3,86%, respectivamente.

“Empresas do setor imobiliário, como a Cyrela, geralmente são sensíveis a melhorias econômicas. O crescimento econômico pode indicar maior demanda por imóveis e impulsionar o desempenho dessas empresas, e o PIB melhor que o esperado colabora para essa alta. Já a CVC pode estar respondendo positivamente à expectativa de retomada das atividades”, afirma Vinicius Moura, economista e sócio da Matriz Capital.

Na ponta negativa, as ações da Vale, a maior empresa da Bolsa brasileira, caíram 0,92% e limitaram os ganhos do Ibovespa, acompanhando o declínio do minério de ferro no exterior. Nesta terça, a agência de classificação de risco Moody’s cortou a perspectiva de nota da China de estável para negativa, o que contribuiu para a queda da commodity.

A Petrobras, outra grande componente do Ibovespa, também recuou. As ações da petroleira fecharam em baixa de 0,45%, com forte queda do petróleo no exterior.

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