Agronegócio

Setor no Estado contabiliza volume recorde em 2023

O agronegócio mineiro foi responsável por 35% do total exportado no Estado; café foi o carro-chefe
Setor no Estado contabiliza volume recorde em 2023
Estado trabalha para fortalecimento da agroindústria, como exemplo no setor de cachaça | Crédito: Carlos Alberto/Imprensa - MG

As exportações do agronegócio mineiro alcançaram o maior volume da série histórica – contabilizada desde 1997 – com 14,2 milhões de toneladas embarcadas entre janeiro e novembro de 2023. O montante representa um aumento de 9,8% em comparação ao mesmo período do ano passado. É o que aponta o balanço da Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Seapa), apresentado ontem.

O setor foi responsável por 35% do total exportado no Estado. As vendas externas do segmento são puxadas especialmente por cinco produtos: café, complexo soja, complexo sucroalcooleiro, carnes e produtos florestais. Apesar do crescimento do volume comercializado no exterior, houve uma redução de 9,1% da receita devido à queda dos preços das commodities no mercado internacional ao longo do ano. Os produtos da agropecuária de Minas chegaram a 175 países.

Carro-chefe do agro em Minas, o café, sozinho, atingiu US$ 4,9 bilhões de receita com o comércio externo e 22,7 milhões de sacas enviadas para o exterior. Em segundo lugar, está o complexo soja, com US$ 3,4 bilhões e 6,4 milhões de toneladas exportadas. Na sequência, o segmento sucroalcooleiro gerou US$ 1,7 bilhão, com 3,4 milhões de toneladas embarcadas.

Outro bom resultado vem do Programa Estadual de Regularização Fundiária. Em 2023, foram entregues 1,8 mil títulos de propriedade de terra em 64 cidades de várias regiões mineiras. Foi um recorde de emissão de documentos pelo segundo ano consecutivo. “Até o fim de 2026, a meta do governo é regularizar mais 5,4 mil documentos para esses pequenos agricultores”, confirmou o secretário de Agricultura, Thales Fernandes.

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Ainda segundo ele, o Estado trabalha também para o fortalecimento da agroindústria. “Os produtos agroindustriais, como queijo e cachaça, têm maior valor agregado. Nosso plano é que eles alcancem mais os mercados internacionais, como acontece com o café”, explicou.

Queijo

Boas notícias também vieram do queijo. O Concurso Internacional de Queijos Artesanais, realizado durante a ExpoQueijo Brasil, que aconteceu em agosto, em Araxá, no Alto Paranaíba, reuniu 1,3 mil amostras concorrentes de vários países. Na edição 2023, foram distribuídas 150 medalhas, das quais os mineiros conquistaram 70, sendo 22 primeiros lugares.

De forma inédita no País, a curadoria da disputa este ano foi totalmente brasileira, realizada pelo Instituto de Laticínios Cândido Tostes, vinculado à Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), que também coordenou o treinamento para os mais de 200 jurados da competição.

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