Economia

Tanqueiros voltam a ameaçar greve em todo o País

Trabalhadores do setor reclamam de cobranças abusivas de PIS, Cofins e ICMS, além de buscar nova tentativa de negociação para o IPVA
Tanqueiros voltam a ameaçar greve em todo o País
Greve dos caminhoneiros de 2018: categoria planeja nova paralisação | Crédito: Leonardo Benassatto/Reuters

Na tentativa de impedir a volta da cobrança dos impostos como o PIS e o Cofins pelo governo federal, e o ICMS pelos governos estaduais, os tanqueiros em todo o País se mobilizam para uma greve geral do setor.

O movimento tem sido conduzido pelo Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustível e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG) em conjunto com entidades apoiadoras de outros estados. Já os tributos começaram a ser cobrados no último dia 1º de janeiro.

Em nota, o Sindtanque-MG declarou que demonstra solidariedade ao movimento dos transportadores rodoviários de cargas em oposição às tarifas e tributos excessivos. De acordo com o presidente da entidade, Irani Gomes, “o movimento é mais do que justo” e a batalha não se limita apenas ao transporte de cargas perigosas, como o de combustíveis e de derivados de petróleo, mas sim a todo o setor de transporte rodoviário de cargas.

“Estamos diante de um movimento nacional dos transportadores, que enfrentam verdadeiras batalhas para manterem-se em operação. Apostamos na negociação e no diálogo com as autoridades na busca de soluções para as justas reivindicações do setor. No entanto, diante da intransigência dos governos estaduais e federal, estaremos unidos, firmes e decididos juntamente com os transportadores em caso de paralisações e greves”, afirma Gomes.

Tanqueiros tentam negociações desde o ano passado

Conforme divulgado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO, o Sindtanque-MG tentou, por vezes, as chances negociar com o Governo de Minas o adiamento da taxação do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Contudo, o sindicato ameaçou uma paralisação na época, mas o governo não acatou a reivindicação dos trabalhadores do setor.

Para a entidade, a cobrança do IPVA em janeiro pode acarretar no endividamento de quem atua na área tendo em vista que é um mês com cobranças acima do normal.

Irani Gomes explica que as taxas cobradas no âmbito do IPVA correspondem a uma elevada despesa aos trabalhadores, e o setor tem enfrentado árduo desafio para se manter. Contudo, diante do retorno do ICMS entre as cobranças, o imposto pode acarretar em elevado custo do diesel, impactando nos valores do frete rodoviário.

“Com o apoio de nossos associados, amigos e parceiros, estamos solidários aos transportadores rodoviários de cargas de todo o País”, diz Irani, que ainda completa: “Chega de tarifas e tributos abusivos, juros exploratórios e combustíveis a preços exorbitantes. Melhorias nas condições de trabalho para os transportadores rodoviários de cargas do Brasil já! Se necessário, pararemos o Brasil!”.

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