Economia

Emplacamentos de veículos têm alta no primeiro semestre em MG

Segundo o Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos de Minas Gerais (Sincodiv-MG). foram 294.352 nesse período
Emplacamentos de veículos têm alta no primeiro semestre em MG
Crédito: Roosevelt Cassio/Reuters

Os emplacamentos de veículos — automóveis e comerciais leves, caminhões, motocicletas e reboques — tiveram alta de 4,47% no acumulado dos seis primeiros meses do ano frente ao mesmo intervalo de 2023, segundo levantamento do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos de Minas Gerais (Sincodiv-MG). Nesse período, os emplacamentos somaram 294.352.

Os quatro segmentos analisados apresentaram crescimento no ano, sendo o maior percentual verificado para os caminhões, com elevação de 18,11%, seguido pelas motos (13,07%). Nesse tipo de análise, os reboques tiveram incremento de 5,49% e os automóveis e comerciais leves alta de 1,25%. Os últimos respondem pela maior participação nos emplacamentos no Estado no ano, com 69,85%, seguido pelas motocicletas (21,87%).

Nos dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), divulgados nesta quarta-feira (3), os emplacamentos tiveram alta de 16,30% no País no primeiro semestre frente a igual período de 2023.

O resultado nacional contempla os segmentos de automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e implementos rodoviários, que somaram 2.187.886 emplacamentos. O único recuo no acumulado dos seis primeiros meses de 2024 foi verificado para os ônibus (-15,40%).

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Juros altos – O presidente do Sincodiv-MG, Mauro Pinto de Moraes Filho, destacou os resultados positivos dos emplacamentos de veículos em Minas Gerais. “Está tudo dentro do previsto”, diz. Ele explica que vários fatores interferem no resultado, entre eles, a taxa de juros, já que parcela considerável das vendas acaba sendo financiada, em especial, os veículos mais baratos.

O dirigente criticou o fim dos cortes da taxa básica de juros, a Selic. No último dia 19, por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), manteve a Selic em 10,5% ao ano. O último boletim Focus mostrou que os especialistas seguem vendo a taxa básica de juros Selic encerrar 2024 no patamar atual de 10,5%, indo a 9,5% no ano que vem.

Ele disse que é preocupante se houver aumento da taxa de juros no segundo semestre, já que há impactos nas vendas. “As parcelas dos financiamentos acabam ficando mais caras”, observa. Outro ponto de atenção, na avaliação de Moraes Filho, é a alta do dólar, que pode interferir no preço de alguns veículos, já que algumas peças são importadas.

Entre os fatores positivos que ajudaram no resultado das vendas de veículos em Minas Gerais estão os preços mais estáveis, na comparação com a época da pandemia, quando os valores dos veículos tiveram alta considerável. “A concorrência, descontos e promoções ajudaram a aumentar as vendas”, observa.

Emplacamentos de veículos em Minas Gerais em junho também cresceu

Ainda de acordo com dados do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos de Minas Gerais (Sincodiv-MG), o resultado de junho na comparação com igual mês de 2023 apresentou incremento mais expressivo. A alta para os quatro setores no Estado foi de 24,37%, com 61.630 emplacamentos. O desempenho mais elevado no sexto mês de 2024 foi do segmento de automóveis e comerciais leves, com elevação de 29,51%. A única categoria que apresentou recuo foi a de reboques (-1,42%).

O desempenho geral na comparação de junho contra maio do mesmo ano também foi positivo, com elevação de 17,08% dos emplacamentos em Minas Gerais. No entanto, três dos quatro segmentos tiveram recuo nesse tipo de análise, com o mais intenso sendo verificado para os caminhões (-10,35%). A única alta ficou por conta do segmento de veículos e comerciais leves (25,64%).

Diferente da Fenabrave, que considerando o desempenho dos segmentos no primeiro semestre no País, revisou para cima suas estimativas para o ano de 2024, o presidente do Sincodiv-MG estima que o resultado de Minas Gerais não deve acompanhar o percentual nacional. “Deve ficar menor”, diz. O setor como um todo no Brasil deverá crescer 16,7% ante os 13,5% estimados, em janeiro, pela entidade.

Ainda assim, a perspectiva é que as vendas no Estado possam melhorar no segundo semestre. “Normalmente, é assim, além do impacto do pagamento do 13º, tem um aspecto cultural envolvido”, observa.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas