Fiemg debate reforma, importações e energia com Haddad e Pacheco

Representantes da indústria mineira levaram ao Ministério da Fazenda e ao Congresso Nacional demandas do setor relacionadas à reforma tributária, importações e energia. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, se reuniu, nesta semana, em Brasília, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
O presidente da entidade industrial debateu os próximos passos da reforma tributária com o ministro e o presidente do Congresso. “Essa presença no último momento antes da votação do projeto de lei (PL) que regulamenta a reforma tributária, é sempre muito relevante e garantiu algumas conquistas no âmbito das leis complementares”, disse Roscoe.
Na quarta-feira (10), o projeto principal que regulamenta a reforma foi aprovado na Câmara dos Deputados. Agora, a proposta vai para o Senado. “Aquilo que a gente ainda não conseguiu arredondar na Câmara, a gente vai ter a possibilidade de fazê-lo no Senado e o presidente Rodrigo Pacheco nos prometeu muito zelo na análise de todos os pontos da reforma”, declarou o presidente da Fiemg.
Roscoe também apresentou a Haddad uma proposta para ampliar o percentual de 20% na taxação dos sites de compras internacionais para produtos de até US$ 50. Além disso, ele sugeriu ao ministro da Fazenda a volta do licenciamento não automático de importações para combater fraudes, como o contrabando. “Ele se mostrou sensível à questão”, destacou.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
O presidente da Fiemg também debateu com Haddad a majoração do Simples Nacional e a subvenção fiscal. A entidade fará uma consulta formal à Secretaria da Fazenda para esclarecimentos sobre subvenções fiscais e prestará relatos com problemas com diferimento, onde não há o incentivo fiscal.
Haddad recebe estudo da Fiemg sobre hidrelétricas
O presidente da Fiemg também apresentou ao ministro um estudo da federação sobre a importância das hidrelétricas para a transição energética do Brasil. A análise aponta ainda o impacto causado pelo aumento do uso de termelétricas na matriz elétrica nacional.
Além de ser uma fonte renovável, Roscoe destacou a Haddad que o investimento em hidrelétricas proporciona uma redução dos custos com energia da indústria e da população como um todo, por ser uma geração de energia consideravelmente mais barata do que a gerada em termelétricas.
Fiemg pede a Pacheco retirada de trecho do PL das elétricas offshore
Com Rodrigo Pacheco, o presidente da Fiemg solicitou a retirada do trecho do PL do marco legal das eólicas offshore, que tramita no Senado com uma série de emendas – adicionadas na Câmara – que não estão diretamente relacionadas ao tema, com incentivos a geração de energia a carvão, gás natural e termelétricas.
“Caso isso passe, nós vamos aumentar a fonte de energia não renovável na matriz energética brasileira, vai aumentar emissões de CO2 e a sociedade vai ter um custo adicional de 11% em sua conta de luz”, disse Roscoe.
Ouça a rádio de Minas