Frutas e hortaliças ficam mais baratas em julho na Capital

Comprar frutas e hortaliças ficou mais barato em Belo Horizonte. Ao longo de julho, a maior oferta fez com que os preços da maioria dos itens caíssem na comparação com junho. Na Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas) – Belo Horizonte, por exemplo, a cotação da cenoura e do tomate caíram expressivos 48,18% e 55,56%, respectivamente. Já no grupo das frutas, a maior retração foi na cotação do mamão, que ficou 29,23% menor frente a junho. Considerando os 10 primeiros dias de agosto, a retração nos preços persiste em Belo Horizonte.
Conforme os dados do 8º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), julho foi marcado, principalmente, pela maior oferta de diversos itens e também pelo consumo enfraquecido, resultado das férias escolares e das temperaturas mais amenas. Assim, a grande maioria das frutas e hortaliças teve os preços reduzidos.
Preços do tomate e da cenoura caem mais de 45%
Entre as maiores quedas nas hortaliças, destaque para a cenoura e o tomate. No caso do tomate, o preço médio praticado, R$ 1,99 o quilo, caiu 55,56% frente a junho.
Conforme a Conab, o preço do tomate cedeu 55,56% em julho em função direta da maior oferta no Estado e também em nível nacional. Para se ter ideia, somente a oferta de tomate a partir de Minas ficou 12% maior no período. Para agosto, o cenário é de novas retrações, já que a oferta continua elevada. Nos primeiros 10 dias do mês, a queda em relação a julho foi de 20%
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Para a gerente de Produtos Hortigranjeiros da Conab, Juliana Torres, os preços do tomate cederam devido à maior oferta no mercado. “A queda foi significativa e se deve a maior oferta em nível nacional, que foi recorde para 2024”.
Outra queda representativa foi observada na cenoura. Na Ceasa Minas, o quilo foi negociado, em média, a R$ 2,17, representando, então, retração de 48,18% frente a junho. A queda de preço pode ser explicada pela maior oferta. Conforme a Conab, nos primeiros 10 dias de agosto, os preços da raiz continuaram com o movimento de queda iniciado em maio, chegando a 15% em Belo Horizonte.
“A queda foi expressiva. Os preços permaneceram altos de fevereiro até maio, sendo a primeira queda registrada em junho e, agora, com maior expressividade, em julho. Em agosto, continuamos a ver queda nos preços, o que é preocupante para os produtores que estão com baixa rentabilidade nos produtos e remuneração menor que o custo de produção”, explicou.
Maior oferta e queda da demanda impactam os preços das hortaliças
A alface também encerrou julho com preços menores. A retração é resultado da demanda reprimida com as temperaturas baixas e também pelas férias escolares. No mês, o quilo da alface ficou 23,74% mais barato, negociado, assim, a R$ 5,58. O movimento de queda de preço visto na hortaliça persistiu nos primeiros 10 dias de agosto. Em Belo Horizonte, neste mês, o preço já caiu cerca de 10%.
“O movimento de queda de preço da alface veio da redução da demanda devido ao clima frio. A oferta ficou estabilizada, com pequeno declínio. Nessa época é comum que os produtores reduzam a oferta porque já sabem que o consumo cai devido ao frio”, explicou a gerente de Produtos Hortigranjeiros da Conab, Juliana Torres.
A batata, uma das hortaliças mais consumidas, registrou queda de 11,19% ao longo de julho, com o quilo avaliado, em média, a R$ 4,93. Conforme a Conab, as maiores quantidades ofertadas nos mercados em julho explicaram a queda de preço.
Assim como nas demais hortaliças, a tendência é de novas retrações na cotação da da batata em agosto. Isso porque a colheita da safra de inverno vem aumentando o ritmo e sendo responsável pelo aumento de oferta. Nos primeiros 10 dias do mês, a queda no valor do quilo da batata chegou a 28% em Belo Horizonte.
“Depois de um período de alta, os preços da batata voltaram a cair com a entrada da safra de inverno no mercado”.
No caso da cebola a retração chegou a 6,71%, com o quilo avaliado em R$ 4,64. Em julho, houve aumento da oferta explicando, assim, a queda de preços que deve perdurar também em agosto.
Maioria das frutas também registra queda de preços
Conforme os dados da Conab, ao longo de julho, das cinco frutas pesquisadas na Ceasa Minas, três tiveram os preços reduzidos. No grupo, a maior retração foi na cotação do mamão, que ficou 29,23% menor frente a junho.
A demanda fraca, causada pelas férias escolares e pelo frio, aliada à oferta estável, foram as responsáveis pela diminuição de 6,26% no preço da maçã. Assim, o quilo da fruta atingiu o valor de R$ 8,13.
Ainda em julho, o quilo da melancia chegou a 2,02, representando, portanto, redução de 14%.
“A maior parte das frutas teve queda nos preços em julho, especialmente pelas férias escolares e pelo frio, que reduz a demanda”.
Já a banana e a laranja ficaram mais caras em julho. No caso da banana, a alta foi de 15,98%, com o quilo vendido a R$ 3,22. Na laranja o reajuste no valor do quilo chegou a 11,10%, encerrando o mês a R$ 3,4 por quilo.
“No caso da laranja, a alta ocorreu porque a indústria está demandando bastante produto para fabricação de suco em um contexto de baixo estoque de suco, provocando, assim, a alta do preço. Em agosto, a tendência é de nova alta”.
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