Economia

Inadimplência recua em Minas Gerais pelo segundo mês seguido

Quase 14 mil pessoas conseguiram regularizar seus débitos no Estado no mês passado, segundo a Serasa
Inadimplência recua em Minas Gerais pelo segundo mês seguido
Foto: Diário do Comércio / Arquivo / Alessandro Carvalho

Pelo segundo mês consecutivo, a inadimplência apresentou queda em Minas Gerais, segundo o Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas da Serasa. Acompanhando a tendência do País, o Estado registrou queda de quase 14 mil inadimplentes em relação a julho, bem como o número de dívidas apontou declínio de 0,12 ponto percentual.

No Brasil, foram 200 mil nomes a menos no cadastro de negativação. No total, são 72,4 milhões de inadimplentes no País, ainda assim, o mês de agosto registra a terceira menor marca do ano em número de endividados, retomando ao patamar de janeiro e fevereiro.

O gerente da Serasa, Fernando Gambaro, explica que o recuo na inadimplência é fruto de vários fatores, entre eles econômicos, como inflação sob controle e redução da taxa de desemprego, além do incremento na busca dos brasileiros pela negociação de dívidas, bem como o aumento do interesse por conteúdos de educação financeira. “Essa tendência de queda já vem acontecendo desde maio, depois de um longo período de crescimento consecutivo que aconteceu desde setembro de 2021”, diz.

De fato, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a inflação desacelerou em agosto. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), subiu 0,13% no oitavo mês de 2024, enquanto em julho a alta havia sido de 0,26%.

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E o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), atesta o bom momento vivido pelo emprego em Minas. O dado mais recente mostra que, nos primeiros sete meses de 2024, o Estado criou 173,3 mil empregos com carteira assinada, o maior volume para esse intervalo desde 2021 (239,7 mil) – o montante também superou o resultado de todo o ano passado (138,2 mil). Entre as unidades da Federação, Minas Gerais foi o segundo que mais gerou vagas, atrás de São Paulo (441,1 mil).

Endividamento por segmentos

Ainda segundo levantamento da Serasa, no panorama das causas que levam os mineiros ao endividamento, o segmento de bancos e cartões registrou queda de 0,6 ponto percentual, assim como as contas básicas – água, luz e gás – que registraram recuo de 1,7 ponto percentual. Serviços e financeiras também apontaram redução de 14 e 2,3 pontos percentuais, respectivamente.

No País, praticamente todos os motivos que geram o endividamento do brasileiro apontaram queda em agosto. O segmento de bancos e cartões de crédito representam 27,9%, com uma queda de 0,46 ponto percentual em relação ao mês anterior. As contas básicas de água, luz e gás apresentaram queda de 0,15 ponto percentual, quando comparadas a julho.

O setor de serviços, que engloba atividades como atendimento ao consumidor, transporte e administração, teve a maior redução, com uma queda de 1,22 ponto percentual. Em contraste no cenário apenas o segmento de telecomunicações, que teve um leve acréscimo de 0,5 ponto percentual em agosto, quase uma estagnação do indicador, conforme a Serasa.

Gambaro frisa que a Serasa não trabalha com projeções. “Agora, o que percebemos é que os números vêm apresentando uma tendência de queda. E a nossa expectativa é que essa tendência se mantenha, melhorando consequentemente o acesso ao crédito e ao consumo”, diz.

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