Inovação traz futuro otimista para geração de energia

Impulsionado por inovações tecnológicas e pela crescente demanda por tecnologias sustentáveis, o setor de energia no Brasil passa por um momento de intensa transformação. Novas soluções para a matriz energética seguem em discussão no País e se intensificaram após eventos cada vez mais frequentes em decorrência das mudanças climáticas.
Em Minas Gerais, o desenvolvimento de novas fontes de energia, como a solar, além do avanço de tecnologias de redes inteligentes (smart grids), está entre as principais apostas do mercado energético para os próximos anos. Esse movimento é visto como fundamental para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e recursos hídricos, além de alcançar metas de descarbonização.
Segundo o consultor e especialista no setor de energia, José Humberto Castro, o Brasil seguramente está caminhando e avançando em diferentes vertentes do sistema energético, mas ainda há muito caminho para percorrer. Um dos maiores desafios citados é o desenvolvimento do sistema off grid, que é caracterizado por ser autossuficiente e independente da rede distribuidora.

O amplo acesso a essa tecnologia permitirá que consumidores produzam e armazenem a energia em baterias para consumir quando for necessário. “Hoje contamos com equipamentos, mas o volume é muito grande e ocupa muito espaço. No entanto, podemos dizer que a fabricação de novas baterias no Brasil está muito acelerada e certamente é o futuro”, avalia Castro.
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Retirada gradual de subsídios poderá impactar setor
Ao analisar a importância das políticas públicas para o desenvolvimento de novas tecnologias, Castro comenta que o setor público tem o papel de incentivar a população a partir de subsídios. Os recursos, oferecidos em forma de descontos fiscais, isenção de impostos ou crédito facilitado buscam estimular o mercado, principalmente quando se refere ao início de uma tecnologia promissora.
Castro destaca que o setor de energia limpa é dos principais beneficiados com subsídios, o que está sendo fundamental para o desenvolvimento da matriz energética nacional. “Há cerca de dez anos, a Agência Nacional de Energia Elétrica criou incentivos para o desenvolvimento de energias renováveis, reduzindo fortemente o custo de placas fotovoltaicas e outros equipamentos”, acrescenta.
Entretanto, o especialista considera que em breve os incentivos deverão ser retirados, dado aos atuais bons resultados em ampliação do sistema no Brasil. “A retirada pode ser um baque, mas todo mundo se adapta. Com isso, o retorno de investimento projetado em três anos passará para cinco ou seis, mas a energia renovável continuará sendo um ótimo negócio”, pontua.
‘ACMinas Jovem’ viabiliza diálogo entre gerações
José Humberto Castro esteve presente na última terça-feira (1), como palestrante convidado no evento “Jantar Palestra”, uma iniciativa da ACMinas Jovem para promoção de networking e estímulo ao empreendedorismo. O profissional, com ampla bagagem no processo de geração de energia, compartilhou experiências de vida e profissionais com os associados presentes.
Para Castro, o evento é uma importante ferramenta que fomenta trocas essenciais entre empreendedores ou futuros donos de negócio para que juntos, articulem sobre gestão, inovação, carreira, entre outros temas que possam impactar o futuro do Brasil. “Eu tenho uma esperança muito grande na juventude do nosso País e a ACMinas Jovem é um exemplo disso”, diz.
Ao detalhar sobre a proposta da iniciativa, o presidente do Conselho Jovem da ACMinas, Gustavo Figueroa, destaca que a entidade busca apresentar um conhecimento diferente do que é exposto em universidades. Um exemplo citado é a apresentação da trajetória de personalidades que possam inspirar a partir da história compartilhada, estabelecendo uma importante troca entre diferentes gerações.
Para Figueroa, é a partir dessa troca que os jovens presentes conseguem identificar exemplos e oportunidades para construir uma história profissional respeitada. “Um dos nossos grandes objetivos é ser um caminho de inovação, não só para as empresas, como dentro da nossa própria entidade. Se a ACMinas hoje tem mais de 123 anos de existência é graças a inovação que jovens do passado colocaram em prática”, finaliza.
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