Custo médio da construção em Minas Gerais tem alta de 0,55%

O custo médio da construção, medido pelo Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) e calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com a Caixa Econômica Federal, registrou alta em outubro de 0,55% em Minas Gerais. A variação foi inferior à observada em setembro, que apresentou elevação de 0,66%. O material de construção foi o componente que contribuiu para o aumento do índice no mês.

O resultado do Estado ficou um pouco acima do País, que teve elevação de 0,53% no Brasil, alta de 0,18 ponto percentual (p.p.) em relação ao índice de setembro (0,35%), segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira (8). Com alta nas categorias profissionais e no segmento dos materiais, Roraima foi o estado com a maior taxa em outubro, 3,08%, seguido pelo Pará (2,98%), sob as mesmas condições.

Na análise por região, a Norte, com aumento na parcela dos materiais em todos os estados e acordos coletivos observados em Roraima e no Pará, ficou com a maior variação regional em outubro, 1,58%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,40% (Nordeste), 0,50% (Sudeste), 0,42% (Sul) e 0,17% (Centro-Oeste).

No acumulado do ano, Minas contabiliza alta de 3,96%, novamente acima do resultado nacional, que apresentou elevação de 3,51%. Nos últimos doze meses, o incremento acumulado no Estado foi de 4,34%, acima do País, que registrou variação de 3,86%.

No Estado, o custo da construção por metro quadrado o décimo mês do ano chegou a R$ 1.675,74 (94,01% da média nacional), sendo R$ 996,92 referentes aos materiais (97,04% da média nacional) e R$ 678,82 à mão de obra (89,89% da média nacional). O resultado para o Brasil mostra que o custo foi de R$1.782,51, sendo R$1.027,32 relativos aos materiais e R$755,19, à mão de obra.

O Sinapi, criado em 1969 tem como objetivo a produção de informações de custos e índices de forma sistematizada, visando a elaboração e avaliação de orçamentos, como também acompanhamento de custos.

Outro indicador, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), da Fundação Getulio Vargas (FGV) também apresentou elevação em outubro no País. A alta foi de 0,68%, ante 0,58% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de setembro para outubro: materiais e equipamentos (0,53% para 0,73%), serviços (0,64% para 0,56%) e mão de obra (0,64% para 0,63%).

E um dos motivos para a alta dos materiais está relacionado ao aumento da cotação do dólar. O tema foi destacado pelo diretor da Associação do Comércio de Materiais de Construção de Minas Gerais (Acomac), Wagner Mattos, em entrevista ao Diário do Comércio. Na ocasião, ele contou que alguns produtos importados vendidos pelo setor ficaram mais caros em razão da elevação da moeda estadunidense.