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Robótica Industrial: mineira MPA Automação mira liderança nacional

Empresa, líder do setor no Estado, vai inaugurar, no primeiro trimestre de 2025, uma nova sede na Capital com 4 mil metros quadrados; atual tem 800 metros quadrados
Robótica Industrial: mineira MPA Automação mira liderança nacional
A MPA é especializada em automação, engenharia elétrica, fabricação de painéis elétricos, entre outros | Crédito: Divulgação MPA Automação

Especializada em automação, engenharia elétrica, fabricação de painéis elétricos, pneumáticos e eletrocentros, além de robótica industrial, a mineira MPA Automação almeja estar entre as maiores empresas do Brasil em soluções inovadoras para a indústria até 2026.

Em termos de estrutura, a empresa, fundada em Belo Horizonte há apenas 14 anos, já é a maior do Estado. E para chegar ao topo do País, aposta na demanda por robôs industriais.

A robótica é uma das principais tendências da indústria. Ao investir em máquinas altamente tecnológicas, os players do setor podem, por exemplo, aumentar a eficiência operacional, melhorar a qualidade de trabalho dos funcionários e se manter competitivos no mercado.

Relatório da International Federation of Robotics (IFR) aponta que, desde 2021, mais de meio milhão de robôs são instalados por ano em fábricas ao redor do mundo, número que, em 2013, foi de apenas 178 mil e que, em 2027, deve superar a marca de 600 mil.

Conforme o documento, há uma década, 45% das instalações ocorreram no segmento automotivo, 24% no de elétrica/eletrônicos e 31% na indústria em geral. Em 2023, o cenário mudou: a participação da indústria em geral subiu para 42%, enquanto a de elétrica/eletrônicos chegou a 28%, e a do segmento automotivo diminuiu para 30%.  

O fundador e CEO da MPA, Pedro Almada, destaca que os complexos de produção de automóveis foram pioneiros no uso de robôs e se beneficiaram da tecnologia ao longo dos anos. Segundo ele, os avanços alcançados pela área se tornaram exemplo para outras atividades, mostrando o quanto esse tipo de solução pode potencializar as operações.

Pedro Almada
Pedro Almada: mercado está em crescimento | Crédito: Divulgação MPA Automação

“Estudos indicam a tendência de crescimento do ambiente de robótica no Brasil e no mundo. Apostamos fielmente nisso e estamos trabalhando para contribuir com esse horizonte e deixar cada vez mais popular essas soluções na indústria”, enfatiza.

Empresa busca reconhecimento em Minas Gerais

Embora as montadoras de veículos ainda sejam um dos grandes consumidores de robôs, a MPA Automação vislumbra oportunidades no oferecimento de soluções para outros segmentos da indústria, visando ajudá-los a maximizar os resultados dos negócios.

Ao mesmo tempo, a empresa deseja ser mais reconhecida em Minas Gerais. A companhia está presente em todo o território nacional e tem projetos realizados até no exterior, mas não conta com o Estado como um dos principais clientes, de acordo com Almada.

O executivo sublinha que as empresas mineiras, especialmente de segmentos fora da mineração, geralmente buscam sistemas robotizados em São Paulo ou no Sul do País. Ele pondera que os players de Minas Gerais focados em robótica industrial mais conhecidos no mercado são aqueles que trabalham com soluções voltadas para a atividade mineral.

O CEO afirma que a MPA faz um trabalho único no Estado. Ele diz que as indústrias locais precisam saber da existência da companhia, que está preparada para atender quaisquer necessidades relacionadas à automação e inovação do setor.

Em busca de demonstrar aos industriais mineiros que promove soluções benéficas às operações, a empresa tem participado de feiras como o Encontro Nacional de Automação (ENA), onde expôs um robô que servia drink para os participantes e gerava informações, por exemplo, do volume de insumo gasto. O evento aconteceu em outubro, no Expominas.

Nova sede na Capital

Confirmando o crescimento exponencial da empresa e marcando um passo importante para que os planos dos próximos anos se concretizem, a MPA Automação inaugurará, no primeiro trimestre de 2025, uma nova sede na Capital. A empresa vai se transferir de uma área de 800 metros quadrados para outra de 4 mil metros quadrados, com espaços fabril e administrativo.

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