Cozinha Santo Antônio comemora aniversário com Puxadinho

Uma mineiridade contemporânea, abastecida por conhecimento histórico e moldada por uma vontade de se manter em movimento, caracteriza a gastronomia oferecida na Cozinha Santo Antônio, instalada no bairro de mesmo nome, na região Centro-sul. O espaço chega aos cinco anos e faz sua primeira expansão: o Puxadinho.
Concebido em parceria com a cervejaria Verace, o Puxadinho é um bar de espera que contará com mais de 10 torneiras de chope artesanal, além de um menu exclusivo focado em aperitivos e um prato do dia. Entre as opções, estão clássicos já conhecidos da Cozinha Santo Antônio, como o croquete, o jiló empanado e o torresmo, além de novidades que ficarão temporariamente no cardápio como a empada de camarão e ostra fresca. Não podem faltar a tábua de queijos e a paçoca de carne “para comer de arremesso”.
De acordo com a fundadora da Cozinha Santo Antônio, chef Ju Duarte, o Puxadinho terá capacidade para receber 30 pessoas. Ele é uma extensão da Cozinha Santo Antônio, mas com um toque mais descontraído, ideal para petiscar enquanto aguarda a mesa ou mesmo ficar por lá ou fazer um “esquenta”.
“A Verace é uma parceria de anos e agora empreendemos juntos. Ela vai levar toda a sua diversidade de cervejas e poderemos ter até 18 torneiras. No Puxadinho vamos servir alguns petiscos da Cozinha e outros aperitivos. É uma comida que dá pra comer de pé, de um jeito despojado”, explica Ju Duarte.

Para dar conta do novo espaço, a empresária remanejou a equipe e vai fazer contratações pontuais para a cozinha e o salão. Enquanto a Cozinha Santo Antônio funciona de terça a sexta das 12h às 15h (dias de semana) e das 12h30 às 17h (fins de semana e feriados) e quinta-feira das 19h às 23h; o Puxadinho será: quinta e sexta-feira: de 17h à meia noite; sábado, das 12h às 0h, e domingo 12 às 18h.
O aniversário de cinco anos da casa será celebrado com dois formatos de atendimento. No salão principal, haverá poucas mesas para quem quiser almoçar os pratos clássicos da casa, como Maria da Cruz, Terra à Vista e Bifão do Agostino.
Já na área externa, o atendimento será no esquema “marcha e sai”. A pessoa pede, paga e recebe o prato. Nesse formato, estarão disponíveis o boeuf bourguignon, arroz de pato e bacalhau Honório Brás, além de petiscos como torresmo, patê de champagne, empada de queijo, croquete e jiló empanado. Tudo ao som de música ao vivo.
“Completar cinco anos é expressivo para qualquer negócio no Brasil, especialmente pra gente, que com 40 dias enfrentamos o fechamento da cidade por causa da pandemia. É muito difícil dizer que estamos consolidados, até mesmo porque a cozinha exige um movimento de mudança constante, mas acho que alcançamos um certo grau de maturidade. Nos primeiros tempos o foco era fazer o negócio vingar”, diz.
Ela conta que a partir de 2024, buscou uma consultoria em RH para entender o propósito e fazer da Cozinha Santo Antônio um ótimo lugar para trabalhar. “O tempo é o nosso guia, aqui tenho que respeitar o tempo da natureza, o tempo da história – a nossa e a da sociedade. Como historiadora, tenho um olhar diferente, a história me inspira”, pontua.
O tempo da natureza está na opção por trabalhar com insumos frescos e orgânicos, vindos de pequenos produtores da Região Metropolitana de Belo Horizonte. O tempo histórico, na construção de pratos inspirados por fatos e personagens importantes para Minas e o Brasil, mas nem sempre reconhecidos. A mais recente homenagem criativa são os pratos servidos por Eunice Paiva que aparecem no filme “Ainda estou aqui”, de Walter Salles.
O tempo também aparece na decisão de não “crescer demais” e no esforço de fazer do espaço o melhor que ele puder ser para atender os moradores da cidade e os turistas, cada vez mais frequentes na casa.
“É praticamente impossível cozinhar aqui sem reconhecer a tradição da gastronomia mineira. Um dos pratos de maior sucesso na Cozinha Santo Antônio é o Maria da Cruz. Ele foi inspirado na história de uma mulher que viveu às margens do Rio São Francisco, em Januária (Norte de Minas). Ela foi uma mulher que se revoltou contra a coroa bem antes de Tiradentes. A receita leva carne serenada e requeijão moreno, entre outras riquezas da região. Tudo isso para dizer que existe um propósito em tudo o que fazemos”, ressalta a fundadora da Cozinha Santo Antônio.
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