Rede de farmácias de manipulação foca expansão em Minas

Inaugurada há 40 anos em Goiás, a Farmácia Artesanal, especializada em manipulação, foca o crescimento da rede franqueada no interior de Minas Gerais e de São Paulo. Com modelos de negócios que exigem investimentos a partir de R$ 570 mil, ela admite, inclusive, conversão de bandeira.
Com 127 unidades espalhadas por 11 estados e Distrito Federal – entre lojas próprias e franquias -, a rede tem como meta abrir 30 novas unidades em 2025. De acordo com o COO do Grupo Farmácia Artesanal, Alberto Batittucci, 15 delas devem ser em Minas Gerais.
“Hoje temos 13 unidades em Minas, sendo as seis da Capital lojas próprias. Além de Belo Horizonte, temos lojas próprias apenas em Goiânia (GO) e São Paulo (SP). Ao longo do tempo, o nosso crescimento foi concêntrico, no entorno de Goiás. O nosso foco de expansão agora é no interior de São Paulo e de Minas, via franquias. Temos quatro formatos de loja, cada um direcionado para um tamanho da cidade e perfil de público. Entramos no franchising a partir de um movimento de conversão, quando 16 lojas de uma marca específica se transformaram em Artesanal”, explica Batittucci.
O candidato a franqueado ideal já deve ter algum conhecimento no setor, embora a ausência desse quesito não inviabilize a parceria. Além disso, ele precisa ter tempo para se dedicar ao negócio e alinhamento com a cultura e valores da empresa. Cerca de 20 negociações já foram abertas e o processo costuma ser mais lento do que em franquias de outros setores, devido às especificidades de uma farmácia de manipulação no que diz respeito, principalmente, à segurança sanitária de produtos, trabalhadores e consumidores. A expectativa é que as inaugurações comecem ainda no primeiro semestre.
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Para garantir a qualidade final do medicamento ou suplemento, os processos passam por diferentes pontos de checagem. E todo o treinamento é revisado periodicamente. Tradicionalmente, as farmácias de manipulação são responsáveis por apresentar ao mercado brasileiro novos ativos e terapias, antes mesmo das indústrias multinacionais. Nesse caminho, a Farmácia Artesanal trabalha com uma série de ativos importados com exclusividade no Brasil.
“Quando a gente fala de um produto industrializado, o paciente compra a quantidade e a dosagem que a fábrica oferece. A manipulação é na quantidade e dosagem específica prescrita. Durante todo o nosso processo de fabricação existem várias etapas de conferência. É um processo muito criterioso, garantindo segurança para o franqueado, o médico e o consumidor. Temos uma área de relacionamento com o público e um núcleo específico para treinar o franqueado. Isso é cada vez mais importante diante do volume de informações – muitas erradas ou falsas – que a sociedade recebe hoje em dia”, pontua.
Além do Brasil, a Farmácia Artesanal também tem projetos no exterior. A CEO do Grupo Artesanal, Naiana Tokarski, está na Índia como parte de uma missão empresarial organizada pelo governo de Goiás em parceria com a Câmara Brasil-Índia. A viagem tem como objetivo fortalecer conexões com a indústria farmacêutica global, identificar novas oportunidades de negócios e estabelecer alianças estratégicas com empresas locais. A delegação conta com 50 empresários de diversas indústrias farmacêuticas.
A Índia desempenha um papel central no mercado farmacêutico mundial, sendo um dos maiores produtores de insumos e matérias-primas para medicamentos.
“No nosso segmento a Índia tem grande tradição. Essas comitivas são um excelente caminho para estreitar relações com este país que é um grande produtor de insumos e que tem um mercado consumidor gigantesco. A pandemia fez com que a produção de insumos ficasse menos centralizada, embora a China continue produzindo a maioria. A quebra das cadeias de suprimento naquela época mostrou que temos que ter fornecedores diversificados e em várias partes do mundo e a Índia ganha importância nesse novo cenário”, afirma o CCO do Grupo Artesanal.
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