Agronegócio

Frota de aeronaves agrícolas cresce com maior demanda por parte dos produtores

Em Minas Gerais, alta foi de 4% em 2024 e demanda é crescente com maior conhecimento do produtor rural; culturas que mais utilizam tecnologia são soja, milho, algodão e café
Frota de aeronaves agrícolas cresce com maior demanda por parte dos produtores
No País, número chegou a 2.722 em 2024 e foi o maior crescimento desde 2011; Minas tem 104 aeronaves agrícolas em ação | Crédito: Divulgação Sindag

A aviação agrícola está em crescimento em Minas Gerais e no Brasil. O impulso vem, principalmente, da agilidade dos processos de pulverização que auxiliam o produtor a fazer um controle efetivo em períodos de janelas de aplicações cada vez mais reduzidas, seja pelas questões climáticas ou pelo uso de sementes precoces. Para atender à demanda, o número de aeronaves agrícolas vem crescendo. Em 2024, a alta em Minas Gerais foi de 4%, enquanto no País o avanço chegou a 7,21%. A tendência é que o mercado siga aquecido. 

Conforme o diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Gabriel Colle, o crescimento do número de aeronaves agrícolas está diretamente ligado ao maior acesso à informação por parte do produtor rural. Ele explica que, diante dos desafios da produção, a busca por tecnologias favorece a pulverização aérea.

Entre os principais desafios, estão as janelas de aplicação cada vez mais curtas, principalmente, nas culturas do milho e da soja. Isso acontece tanto pelo clima como pelo uso de sementes precoces. Neste caso, por exemplo, uma aeronave agrícola, em média, consegue pulverizar cerca de 400 hectares em uma hora, um quarto do tempo gasto pelo processo feito com tratores. 

“O aumento do uso das aeronaves agrícolas tem a ver, realmente, com o maior acesso dos produtores rurais à informação, que aumentou muito. Conhecendo a tecnologia e as vantagens, ele contrata mais os serviços e isso estimula a compra de mais aviões. Por isso, a prioridade do Sindag tem sido na divulgação das informações e, para isso, temos participado de eventos onde os produtores rurais estão”, reforça ele. 

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Conforme o levantamento do Sindag, em 2024, a frota aeroagrícola brasileira cresceu 7,21% em 2024, atingindo, assim, 2.722 aeronaves. O crescimento foi o maior desde 2011. Em Minas Gerais, a alta ficou em 4%, com 104 aeronaves e respondendo por 3,8% do volume nacional.

O uso da aviação agrícola no Estado é crescente, mas está abaixo do potencial. Entre os fatores que ainda travam o crescimento, está a dificuldade de acesso às informações e também às características do agronegócio estadual, marcado pelo grande número de propriedades de menor porte e culturas como o café, cultivadas em montanhas, onde o uso do drone é mais efetivo. 

“O uso das aeronaves agrícolas e a frota em Minas Gerais vêm aumentando, mas, de maneira mais lenta que o potencial. Isso acontece pelo perfil das áreas produtivas do Estado, que são menores. Mas tem espaço e potencial para ampliar o uso”, explicou.

Conforme o Sindag, a aviação agrícola desempenha um papel fundamental na agricultura moderna, contribuindo significativamente para a produtividade, eficiência e sustentabilidade da produção agropecuária.

No Brasil, um dos líderes mundiais em aviação agrícola, as aeronaves são utilizadas em diversas operações, incluindo a pulverização de defensivos, a aplicação de fertilizantes, a semeadura e o combate a incêndios florestais. As culturas que mais utilizam a tecnologia são soja, milho, algodão e café.

A tecnologia permite maior precisão na distribuição de insumos, reduzindo desperdícios e impactos ambientais, além de aumentar a segurança dos operadores e otimizar o tempo de aplicação em grandes áreas de cultivo.

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