Hortaliças dispararam até 105% em janeiro em Belo Horizonte

Em janeiro, comprar hortaliças em Belo Horizonte ficou mais caro. Conforme os dados do Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os preços de quatro, das cinco hortaliças pesquisadas, subiram. O incremento mais expressivo ocorreu na cotação da cenoura, que ficou 105,44% mais cara em janeiro frente a dezembro. Conforme a Conab, ao longo do segundo semestre de 2024, os preços da cenoura se mantiveram abaixo dos custos de produção, o que acarretou em desestímulo do produtor para o plantio.
Os dados da Conab mostram que o quilo da cenoura na Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas) – Belo Horizonte foi negociado, em média, a R$ 3,30, representando, portanto, uma alta de 105,44% quando comparado com dezembro. No mesmo período, a oferta da cenoura caiu 22%, com a comercialização de 3,5 mil toneladas ante as 4,5 mil toneladas registradas em dezembro.
Conforme o relatório da Conab, a elevação do preço da cenoura também foi observada no País. O preço registrou alta, na média ponderada, de 47,89%. “A menor oferta da cenoura nos principais mercados atacadistas influenciaram o movimento de alta nos preços no mês de janeiro. A elevação na cotação ocorreu logo após um período em que o preço registrou constantes quedas. Nesse cenário de cotações baixas, o produtor não obteve ganhos e se desestimulou pela cultura”, explica o relatório da Conab.
Após a alta expressiva em janeiro, nos primeiros dias de fevereiro, a cotação da cenoura retraiu. Isso, em função da maior oferta vinda de outros estados produtores para o mercado da Capital. “Parece que nesse início de fevereiro, os preços voltaram a cair ou arrefeceram suas altas. Mesmo com oferta limitada em Minas Gerais, outros estados produtores estão compensando essa queda, fazendo com que os preços sejam menos pressionados. Dessa forma, no início de fevereiro, o preço na Ceasa Minas – Belo Horizonte apresentou queda de 25%”.
Clima impacta a produção
Além da cenoura, houve altas nos preços de outras importantes hortaliças. No caso da alface, o preço subiu 17,39% em janeiro frente a dezembro, com o quilo cotado a R$ 10,07. O valor do tomate ficou 17,45% maior, chegando a R$ 3,03 o quilo. A cebola teve o quilo reajustado em 10,89%, chegando, portanto, a R$ 2,15.
Conforme a Conab, no caso do tomate, a queda de preços registrada ao longo do segundo semestre de 2024 desestimulou o plantio, refletindo em uma menor oferta em janeiro.
As altas nos preços das hortaliças, segundo a Conab, nessa época, é comum, tanto em razão de chuvas nas áreas produtoras que dificultam a colheita e diminui a oferta, como também pelo excesso de calor, aumentando a demanda e pressionando os preços para cima.
No grupo das hortaliças, apenas a batata apresentou queda na cotação. Em janeiro, o quilo da batata chegou a R$ 2, uma queda de 12% frente ao valor de dezembro. Segundo a Conab, os valores praticados na comercialização no atacado vêm sendo influenciados pela oferta abundante do produto.
Ao contrário das hortaliças, maior parte dos preços das frutas caiu
Conforme a Conab, no caso das frutas mais comercializadas no atacado da Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas) – Belo Horizonte, banana, laranja e mamão ficaram mais baratas no último mês, com queda na média de 1,91%, 5,4% e 21,4% respectivamente. A Conab verificou alta na oferta desses produtos, influenciando na redução registrada nas cotações.
Em janeiro, com a maior oferta da fruta, o quilo do mamão ficou cotado, em média, a R$ 2,80, uma queda de 21,4% se comparado com dezembro. O quilo da laranja ficou em R$ 3,97 e o da banana a R$ 3,70.
`Por outro lado, a cotação da maçã chegou a R$ 8,31 o quilo, representando, assim, uma elevação de 1,47%. No caso da melancia, a alta foi menor, de apenas 0,40%, com o quilo da fruta negociado, em média, a R$ 2,14.
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