Redes do segmento de beleza apostam em Minas

A beleza e a vaidade das mineiras (e também dos mineiros) têm atraído a atenção das marcas de cosméticos. O Estado é um dos principais mercados dentro do Brasil. Franqueadoras do segmento de Beleza, Saúde e Bem-Estar de origem nacional e estrangeira não poupam esforços para se instalar no Estado.
Minas Gerais é um dos pilares do consumo nacional. Apesar de cair no ranking mundial (de terceiro para quarto lugar), a indústria de higiene e beleza brasileira cresceu mais que a economia do País nos últimos anos. Em 2017, o setor registrou um faturamento de R$ 102 milhões em 2017, uma alta de 3,2% em relação a 2016 (R$ 99 milhões). Para 2018, a expectativa é de um aumento de 3,8%, atingindo uma receita R$ 106 milhões. No ano passado, o PIB brasileiro cresceu apenas 1%.
Entre as franquias, o segmento cresceu 12,1% em faturamento entre 2016 e 2017, saltando de R$ 21,868 bilhões para 26,775 bilhões e o número de unidades um crescimento de 3,3%, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF).
A brasileira Yes! Cosmetics inaugurou em Unaí, no Noroeste de Minas, em junho, e planeja ainda para o segundo semestre mais duas unidades em Belo Horizonte e uma em Varginha, no Sul de Minas. O objetivo, de acordo com o gerente de Marketing da Yes! Cosmetics, Tiago Araújo, é fechar o ano com 120 unidades em funcionamento.
O investimento médio para a abertura de um quiosque é de R$ 105 mil e para loja R$ 170 mil. A busca é por lugares com grande fluxo de pessoas com perfil econômico das classes B e C. “A empresa tem 18 anos e estamos há dois no franchising. Minas Gerais é um território muito grande e forte no qual estamos começando agora. Acredito que possamos estar em todos os shoppings de Belo Horizonte e chegar a um total de 20 unidades somando as lojas de rua só na Capital”, explica Araújo.
De outro lado, a britânica The Body Shop, que há um ano passou a integrar o grupo brasileiro Natura, voltada para os públicos A e B também tem especial interesse em Minas. Segundo a gerente de Expansão da The Body Shop, Ana Okamoto, para crescer no Brasil a empresa continua apostando no desenvolvimento de produtos nacionais e reforçado a presença em Minas. Já são quatro unidades em Minas – quatro na Capital e uma e Uberlândia (Triângulo) e outra em Juiz de Fora (Zona da Mata), a mais recente delas.
“O plano é um crescimento de 10% no número de unidades que temos hoje no Brasil. Existe uma possibilidade grande de expansão no Estado. Imaginamos que cerca de 20% das nossas unidades devam ficar em Minas Gerais. O maior objetivo é aumentar a representatividade através de lojas e abrir uma em Belo Horizonte, além dos quiosques. A loja permite que o cliente conheça as linhas, o nosso conceito, com um trabalho de consultoria. Temos algumas novidades em termos de produtos para antigos e novos produtos. Essa renovação é contínua. Ainda existem linhas para ser importadas para o Brasil e produtos produzidos aqui também para serem lançados. Um que nos dá muito orgulho é a linha de leite de baobá, com matéria-prima do Maranhão”, explica Ana Okamoto.
O projeto de loja não é restrito em shopping centers. Ruas charmosas e pequenos malls estrategicamente localizados podem receber a unidade. O investimento médio (sem o ponto) para abertura de loja é de R$ 350 mil e para quiosques de R$ 135 mil.
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