Setor volta a ficar otimista em Minas

A confiança do empresário industrial voltou para níveis positivos em agosto. Neste mês, o Índice de Confiança do Empresário Industrial de Minas Gerais (Icei-MG) foi de 50,7 pontos, acima da linha dos 50 pontos e também maior do que os 47,1 pontos registrados em julho, o que indica otimismo. A pesquisa é da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
O Icei mostrou que, em agosto, os industriais mineiros estão otimistas em relação ao futuro, com as expectativas chegando aos 53,2 pontos, 3.6 pontos a mais do que em julho. Porém, o indicativo que puxou o resultado para a zona do otimismo foi a expectativa em relação à economia da própria empresa (56,3 pontos), já que, frente à economia do País e do Estado, o índice ficou na zona de pessimismo, chegando a 48,2 pontos e 45,8 pontos, respectivamente.
“O empresário mineiro está enxergando melhorias nas vendas do seu negócio, mas a expectativa é negativa em relação ao País e ao Estado. Isso pode indicar que o empresário não tomará estratégias mais agressivas ligadas a investimentos e contratações de pessoal nos próximos meses. O empresário recua, cresce sua produção, mas não assume o risco de investir ou contratar mão de obra”, explicou o superintendente de Ambiente de Negócios da Fiemg, Guilherme Leão.
Na divisão por porte de empresas, as expectativas foram positivas em todos os casos, Nas pequenas, as expectativas fecharam agosto com 53,8 pontos, nas médias, em 51,5 pontos, e nas grandes, em 53,8 pontos. Em todos os portes, as perspectivas são positivas para o próprio negócio, mas negativas em relação à economia brasileira e estadual.
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Para o superintendente de Ambiente de Negócios da Fiemg, a recuperação da economia nacional, que está acontecendo de forma mais lenta do que o esperado pode estar influenciando o humor dos empresários do setor. Além disso, para Leão, a expectativa positiva em relação ao próprio negócio, mas negativa sobre a economia do País e do Estado, também tem a ver com o desarranjo político, a falta de definição e a situação fiscal da União e dos estados.
Condições de negócio – Em relação às condições atuais de negócio, os empresários estão insatisfeitos e o índice bateu em 45,7 pontos em agosto, negativo, mas maior do que o de julho (42 pontos). A insatisfação cresce ainda mais quando se trata da economia brasileira (41 pontos), da economia do Estado (39,4 pontos) e da própria empresa (48,6 pontos).
As empresas de pequeno porte registraram os piores números, com insatisfação em relação às condições atuais de negócios que chegou a 42,3 pontos. Na sequência, aparecem as indústrias de médio porte, com 43 pontos, seguidas pelas de grande porte, com índice de 48,9 pontos. Todos indicando insatisfação.
De acordo com a última Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria de Minas Gerais encerrou o primeiro semestre deste ano com uma queda na produção de 1,7%, em relação aos mesmos meses de 2017.
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