Feira reúne doces produzidos em todo o Estado

Goiabada, pé de moleque, doce de manga, de jabuticaba, de café, ambrosia, bananada, ameixa de queijo, geleia. São inúmeras as possibilidades de doces feitos da matéria-prima que o solo mineiro oferece e muitos municípios já se tornaram referência em determinada produção. Em alguns casos, a delícia já vem naturalmente associada à cidade de onde vem, como o rocambole de Lagoa Dourada ou o doce de leite de Viçosa.
Para promover o encontro de todas essas iguarias e reforçar as suas respectivas origens é que nasceu a Feira do Doce Mineiro, neste ano, em sua 2ª edição.
No ano passado, foram 6 mil pessoas e o fluxo financeiro ficou em torno de R$ 120 mil durante as seis horas de evento. Já em 2018, com mais tempo de evento (8 e 9 de setembro) a expectativa é atrair um público de 10 mil pessoas e movimentar cerca de R$ 300 mil.
“Percorremos o Estado para conhecer os doces mineiros, qual a referência de cada lugar, e dessa forma conseguimos fazer um mapeamento sobre quem produz os doces típicos de cada região. Encontrar todos estes doces tipicamente mineiros em um mesmo lugar é impossível, Minas Gerais é muito grande. E daí veio a ideia de reunir esta produção em uma feira. O doceiro é selecionado às cegas, ou seja, visitamos as cidades sem nos apresentar como sendo da feira, apenas experimentando os doces e conhecendo os produtores”, explica o curador de doces e coordenador do evento, Michel Ferrabbiamo.
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Produtos tradicionais são o destaque do evento
Dessa forma, 20 produtores participam desta edição. “A ideia é fazer um retrato de cada região, mostrar o que a região Noroeste está fazendo, o que o extremo Sul do Estado está produzindo. Por exemplo, quando falamos em pé de moleque a referência é Piranguinho, quando se trata de doce de jabuticaba, é Sabará”, completa. Dentre as 20 cidades presentes estão também Araxá, Poços de Caldas, São Tiago, Pouso Alegre, Carmópolis de Minas e São Bartolomeu.
Ferrabbiamo reforça que o evento ainda gera oportunidades de negócios para os produtores, que não pagam pelo uso do stand na feira, não têm gastos com hospedagem, alimentação ou transporte para o local do evento, e ganham ainda consultoria gratuita do Sebrae em sua região de origem. Além disso, associações supermercadistas são convidadas para a feira, fomentando novas oportunidades.
“Fazemos contato com essas associações justamente para criar oportunidades de mercado para os doceiros. Tem produtos, por exemplo, como o doce de caramelo de café da cidade de Carmo de Minas, que você não encontra nas gôndolas de supermercado de BH, mas encontra em São Paulo”, conta.
É por isso também que o evento, que tem entrada franca, necessita de patrocínio para ser viabilizado em outras localidades, como aconteceu no ano passado, quando em uma mesma edição, foi possível realizá-lo em Ipatinga e também em BH. Para este ano, os custos da feira são em torno de R$ 300 mil e os recursos vêm da Cemig por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, da Uber e da Cervejaria Backer, além da parceria com a Sebrae.
Para levá-lo também para BH, seriam mais R$ 380 mil de custos e, daí, a necessidade de mais patrocínios, mesmo porque, realizar a feira em São Paulo ainda este ano também é uma possibilidade que está sendo estudada. Ferrabbiamo lembra que além de fomentar o empreendedorismo, quem ajuda a patrocinar o evento tem dedução de 100% no imposto.
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