Alloyal aposta na personalização para fidelizar clientes

Sediada no bairro Santa Efigênia, na região Leste de Belo Horizonte, a Alloyal é uma loyalty tech – uma empresa focada em desenvolver, gerir e analisar programas de fidelização de clientes, utilizando tecnologia para criar uma conexão mais profunda e duradoura com eles, indo além de descontos e vantagens. Com oito anos de mercado, a companhia aposta em ferramentas personalizadas de fidelização como programas de pontos, cashback, sorteio, clubes de descontos, segmentação de clientes e mais.
Atualmente, possui mais de 10 milhões de usuários ativos nos seus mais de mil programas de fidelidade construídos e já distribuiu mais de R$ 40 milhões em cashback e R$1 bilhão em vendas no varejo.
De acordo com o CEO e fundador da Alloyal, Aluísio Cirino, em um mundo em que a competição se tornou realmente global e que o acesso à tecnologia iguala produtos e serviços de diferentes fornecedores quase instantaneamente, a fidelidade do consumidor se tornou um ativo super valioso. Pesquisas mundiais apontam que fidelizar um cliente pode ser entre cinco e sete vezes mais barato do que conquistar um novo cliente.
Ele explica que a fidelidade tem diferentes níveis. “Por muito tempo defendemos um termo pouco utilizado para o nosso negócio: a lealdade. Existe uma grande diferença entre fidelidade e lealdade. Hoje, as empresas que mais conseguem gerar pertencimento, conseguem gerar lealdade, que é como um amor de pai para filho, não espera nada em troca. Poucas empresas chegam a esse máximo global e não é preciso que todas cheguem”, diz.

Cirino observa que, para a maioria das empresas, gerar fidelidade é o suficiente e este não é um trabalho fácil, já que exige conhecimento, técnica e dedicação. “E antes de tudo, exige um bom produto. Não existe um programa de fidelização bom se a empresa não entrega o produto ou serviço que prometeu ao consumidor”, pontua.
O crescimento da Alloyal está em linha com o que acontece no mercado de fidelização no Brasil. Os programas de fidelização ligados à Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (Abemf) encerraram 2024 com um faturamento de R$ 21,9 bilhões. O número, além de representar um recorde de faturamento anual, marca um crescimento de 17,6% na comparação com o período anterior.
Os indicadores de mercado apontam para um crescimento do setor em diversas frentes. O acúmulo (a soma dos pontos/milhas emitidos) somou 920,6 bilhões de pontos/milhas ao longo do ano, um aumento de 16,5% em relação a 2023. E os resgates, ou seja, a troca de pontos/milhas por produtos e serviços, alcançaram os 803,5 bilhões/pontos/milhas. Nesse último caso, representando um crescimento ainda maior, de 18,3%.
“Construção de fidelidade tem a ver com a construção de comunidade. Muito de acordo com o branding que a marca quer trazer. O que trabalhamos é esse pertencimento baseado em uma comunicação freqüente. Quanto menos fricção eu gero, maior a admiração e a lealdade do cliente. O programa de fidelidade é sustentado por três pilares: oferta, comunicação e apresentação, que é a facilidade de acesso. Ele serve para as empresas como um diagnóstico do nível de relacionamento da empresa com os clientes”, ensina.
Nascida como Lecupon, a Alloyal fez a mudança da marca há um ano e meio. A mudança está ligada ao propósito de reeducar o mercado. A expectativa é dobrar o faturamento este ano em relação a 2024, mesmo enfrentando a notória escassez de mão de obra no setor de tecnologia.
Criada em Belo Horizonte, a empresa tem em Minas Gerais o seu segundo mercado: 23% das empresas atendidas pela Alloyal têm sede no Estado, alcançando 2,34 milhões de usuários. Os principais segmentos são proteção veicular, saúde, provedor de internet e clube de benefícios
“Estamos vivendo um ponto de inflexão. Fizemos alguns movimentos no mercado e a nova marca está consolidada. Conseguimos construir o nosso próprio método e o maior desafio segue sendo trazer gente boa. O nível de dificuldade a cada etapa do negócio sobe mais”, diz.
Ele ressalta que, para atrair bons profissionais, a empresa precisa ser cada vez melhor. “Tenho que ser um CEO melhor, porque sou circunstancial, não sou um executivo do mercado. Sermos de Belo Horizonte nos ajuda porque o mineiro é um excelente balizador dos serviços que entregamos. Se, de um lado, ele demora mais para tomar a decisão, depois dela, o mineiro é mais tolerante e leal. O cliente de Minas é transparente, ele não deixa de falar algo que o incomoda. Na indústria que represento, Minas é um berço. Altamente respeitada como um polo de tecnologia”, destaca o fundador da Alloyal.
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