Economia

Ibovespa avança e fecha semana no azul

Ibovespa avança e fecha semana no azul
Principal índice acionário da B3 teve alta de 0,83%, na sexta-feira (24), com ajuda de bancos Foto: Saulo Cruz/MME

São Paulo – O principal índice acionário da B3 fechou em alta, na sexta-feira (24), com uma pausa de investidores nas vendas após quedas recentes, embora o tom de cautela siga no radar em meio a incertezas geradas pelas eleições.

O Ibovespa subiu 0,83%, a 76.262,23 pontos, acumulando ganho modesto de 0,31% na semana. O giro financeiro do pregão foi de R$ 7,61 bilhões. A alta foi amparada principalmente no ganhos de bancos privados e de empresas de commodities, como Vale e Petrobras, papéis de alta liquidez e de peso relevante no índice.

Para profissionais de renda variável, o movimento não indica reversão de tendência, uma vez que a volatilidade com o cenário eleitoral deve continuar ditando o rumo dos negócios.

“À medida que a eleição for se aproximando e o cenário ficar um pouco mais claro, vamos conseguir entender um pouco melhor e será mais fácil identificar uma tendência. No curto prazo, a situação é de volatilidade e incerteza”, disse o sócio analista da Eleven Financial Raphael Figueredo.

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Dólar – Já a moeda norte-americana finalmente rompeu uma sequência de sete altas consecutivas e terminou a sexta-feira (24) em queda, mas ainda no patamar de R$ 4,10, em um movimento de correção favorecido pelo humor favorável no mercado externo, mas que somente não foi maior pela cautela na seara eleitoral local.
O dólar recuou 0,45%, a R$ 4,1044 na venda, acumulando na semana valorização de 4,85%, maior ganho semanal desde novembro de 2016. O dólar futuro recuava cerca de 0,25% no fim do dia.

“Powell não trouxe nenhuma surpresa. Frisou o gradualismo”, afirmou o operador da H.Commcor Corretora Cleber Alessie Machado. Ele referia-se ao discurso do chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, pelo qual afirmou que aumentos constantes da taxa de juros pelo banco central norte-americano são a melhor maneira de proteger a recuperação econômica dos Estados Unidos e manter o crescimento do mercado de trabalho o mais forte possível e a inflação sob controle.

No exterior, o dólar recuava ante uma cesta de moedas e também caía ante divisas de países emergentes, entre elas o peso mexicano. A moeda norte-americana, entretanto, terminou bem longe da mínima do pregão brasileiro, quando superou 1% de desvalorização, a R$ 4,0723.

Nos últimos sete pregões, o dólar havia acumulado elevação de 6,62% e ido a R$ 4,12, depois de pesquisas de intenção de votos mostrarem que o candidato preferido do mercado, Geraldo Alckmin (PSDB), seguia sem ganhar tração e com avaliações de que o PT poderia ir para o segundo turno.

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 4,32 bilhões do total de US$ 5,255 bilhões que vence em setembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral. (Reuters)

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