Confraria de mulheres usa o vinho como ferramenta de reconexão
A terceira edição da Confraria Viva, dedicada exclusivamente para mulheres apaixonadas por vinhos, acontece no dia 26, em Belo Horizonte. O projeto, liderado pela economista e empresária Cibele Faria, tem o objetivo de criar um ambiente seguro em que as mulheres possam se encontrar, conversar, fazer novas amizades e até novas conexões profissionais e negócios.
O encontro, marcado para o Café das Flores, na região Centro-Sul, vai homenagear a Argentina com rótulos selecionados pelo sommelier e gerente de A&B do Hotel Fasano BH, Gustavo Giacchero de Pádua; e cardápio especial por conta da chef Rachel Grieco.
“A Viva nasceu de um momento em que eu precisava me reconectar comigo mesma após o divórcio. Numa conversa, minha filha disse que eu precisava fazer algo por mim, que me desse prazer. Uma confraria unindo mulheres e vinhos era uma ideia perfeita. Em princípio era só uma oportunidade de reunir amigas, mas deu tão certo que costumamos ter lista de espera”, explica Cibele Faria.
O sucesso da confraria é respaldado pelos dados do relatório IWSR Brazil Wine Landscapes 2025 que revelam que as mulheres alcançaram a maioria do mercado consumidor de vinhos no Brasil em 2024, com uma participação de 53%, o que equivale a um aumento de 6% em relação a 2019. Esse crescimento não se limita apenas ao montante total, mas também reflete mudanças nas faixas etárias.
Embora a maioria das mulheres (48%) que consome vinho ainda tenha entre 25 e 44 anos, o destaque fica por conta da participação feminina com faixa etária entre 55 e 64 anos, que passou de 14% em 2019 para 19% em 2024.
Entre os frutos, o grupo já recebeu o convite para participar do marketplace de vinhos Wine Trader, vendendo os rótulos oferecidos durante as edições dos encontros. A Confraria Viva acontece a cada dois meses, em locais selecionados e cuidadosamente preparados para receber até 40 mulheres. Os ingressos podem ser comprados no Instagram.
A próxima edição está prevista para fevereiro e a expectativa é que no próximo ano se torne mensal e seja realizada também fora de Belo Horizonte. Também está nos planos edições com vinho nacionais, especialmente mineiros, e a promoção de viagens para vinícolas selecionadas pela empresária.
“Como a procura tem sido grande, pensamos em tornar as edições mais frequentes sem aumentar o número de participantes. A Confraria tem um caráter intimista, em que as mulheres podem conversar e estabelecer conexões verdadeiras, além de desfrutar e aprender sobre vinhos, então o número de participantes tem que ser controlado”, destaca a economista.
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