Grupo Tauá projeta crescimento acima de 10% no verão deste ano
Apesar da instabilidade econômica e dos juros nas alturas, na última temporada de verão (janeiro a março de 2025), o Grupo Tauá registrou um aumento de 10% na taxa de ocupação. Para 2026, a expectativa é ainda mais otimista, com potencial de superar esse resultado. Quem prospecta é o diretor de marketing do Grupo Tauá, Miguel Diniz.
Segundo o executivo, o avanço ocorre apesar do ambiente macroeconômico desafiador porque a empresa está bem posicionada em três pilares estratégicos: comportamento do consumidor, proposta de valor e construção de marca.
“Após a pandemia, houve uma mudança estrutural no hábito de viagem das famílias brasileiras, com maior valorização do turismo doméstico, de curta distância e com alta percepção de segurança e previsibilidade, exatamente onde o Tauá atua, próximo aos grandes centros como São Paulo, Minas Gerais e Goiás”, afirma Diniz.
Do ponto de vista da experiência, o diretor destaca que o grupo vem reforçando a proposta das férias como um momento de qualidade em família, e não apenas como hospedagem. “Isso fortalece a preferência pela marca e sustenta a demanda mesmo em cenários macroeconômicos mais instáveis. Em 2025, tivemos um dos maiores volumes de famílias em lazer da nossa história, o que comprova essa estratégia”, diz.
Com esse desempenho, a empresa já se prepara para um verão ainda mais aquecido. “O Brasil vive um período muito positivo para o turismo, especialmente no lazer. As férias de verão têm um papel fundamental nesse movimento, porque as famílias buscam destinos que ofereçam acolhimento, estrutura e experiências de qualidade. Nossa expectativa é de uma alta movimentação nos resorts durante o período”
O verão segue como um dos períodos mais relevantes para o turismo não só para Minas Gerais como para todo o Brasil. Dados oficiais do setor mostram que a atividade turística nacional acumula crescimento em 2025, impulsionada principalmente pelas viagens de lazer, pelo turismo doméstico e pelas férias escolares, com destaque para os meses de dezembro e janeiro.
Segundo dados da Fecomércio de São Paulo, por exemplo, o faturamento acumulado do setor atingiu cerca de R$165 bilhões até setembro, com alta de 6,4% na comparação anual. O resultado foi impulsionado principalmente pelos segmentos de transporte aéreo, hospedagem e alimentação, marcando entre 14 meses consecutivos de crescimento da atividade.
Para 2026, Diniz chama atenção para o comportamento mais planejado do consumidor. “Já vendemos para janeiro 96% das vendas totais de janeiro do ano passado, o que demonstra uma grande antecipação da demanda e mostra o quanto o consumidor tem buscado previsibilidade e segurança na decisão de viajar”.
Custos operacionais exigem atenção
Apesar do cenário favorável, o executivo ressalta que o controle de custos segue como um dos principais desafios do setor. “O maior deles é manter o padrão de qualidade e o encantamento, mesmo em um ambiente de pressão de custos”, diz.
“No Tauá, fazemos escolhas conscientes: eficiência sem comprometer a experiência. Os custos operacionais são sempre um ponto de atenção no setor de serviços, especialmente em um negócio intensivo em pessoas e experiência”, acrescenta.
Questionado sobre os impactos da Copa do Mundo nos negócios, Diniz diz que os efeitos variam conforme o segmento. “No mercado de eventos corporativos, pode representar um desafio pontual, já que muitas empresas evitam concentrar grandes convenções nesse período”, observa.
Por outro lado, no turismo de lazer, o executivo vê oportunidades. “É um momento em que o clima de celebração, convivência e entretenimento ganha ainda mais força, o que dialoga diretamente com a proposta dos nossos resorts”, conclui.
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