Economia

No interior de MG, resultados do setor industrial oscilam por região

No interior de MG, resultados do setor industrial oscilam por região
Indústria mineira estaria sendo afetada principalmente pelo cenário instável provocado pela proximidade das eleições - CREDITO:ERIC GONÇALVES

O cenário instável provocado pelo período eleitoral tem afetado diretamente a recuperação da indústria mineira. Enquanto a indústria geral do Estado encerou o primeiro semestre de 2018 com avanço de 2,8% nas receitas em relação à primeira metade de 2017, no interior de Minas houve oscilação nos resultados das regiões.

Segundo a pesquisa Indicadores Industriais (Index) da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), das quatro regiões avaliadas em junho, duas apresentaram resultados positivos e duas números negativos nesse tipo de confronto: Centro-Oeste (-8,6%), Triângulo (-7,1%), Sul (3,2%) e Zona da Mata (2,3%). As regiões Leste e Norte não tiveram abrangência suficiente para integrar o levantamento.

De acordo com a analista de Estudos Econômicos da entidade, Daniela Muniz, os números refletem a atual situação do Estado e do Brasil. Segundo ela, enquanto algumas regiões têm mostrado mais dinamismo e recuperação, outras estão se recuperando de forma mais lenta da forte crise econômica que abala o Brasil nos últimos anos.

“O cenário ainda tem sido agravado pelas eleições de outubro. Diante da falta de perspectivas e do futuro incerto do País, a retomada de investimentos e dinamismo acaba sendo prejudicada”, explicou.

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Diante disso, a economista acredita que a recuperação efetiva do parque fabril mineiro deverá ficar para o ano que vem. “Até temos visto uma melhora do ambiente macroeconômico, com a inflação mais baixa, o cenário internacional ajudando, mas os índices não estão se recuperando no ritmo esperado”, completou.

O levantamento mostrou que, além da queda de 8,6% no faturamento dos primeiros seis meses de 2018, o Centro-Oeste ainda registrou baixa em todos os demais índices: -0,3% nas horas trabalhadas, -0,4% no emprego e -3,6% na massa salarial.

No caso do Triângulo Mineiro, que apresentou recuo de 7,1% nas receitas do primeiro semestre, as horas trabalhadas caíram 3,5%, o emprego 6,1% e a massa salarial 4,3%.

No Sul, cujo faturamento do ano até junho cresceu 3,2%, os demais índices ficaram todos negativos. E, na Zona da Mata, assim como as receitas que avançaram 2,3%, somente a massa salarial cresceu (1,9%).

Faturamento – Já na comparação mensal, todas as regiões analisadas tiveram desempenho positivo no faturamento. O melhor resultado veio do Sul, cujo faturamento avançou 24,7% em junho sobre o mesmo mês do ano anterior. Apesar disso, nos demais indicadores, os números foram todos negativos. As horas trabalhadas, por exemplo, caíram 3,9%, o emprego, 2,6%, e a massa salarial, 4,6%.

Na Zona Mata o desempenho de junho deste ano superou em 14,6% o do sexto mês do ano passado. O emprego avançou 0,8% e a massa salarial 5%, na mesma base de comparação. Por outro lado, as horas trabalhadas caíram 1,7%.

No Triângulo, as receitas aumentaram 9,5% no sexto mês de 2018 na comparação com junho de 2017. As horas trabalhadas também avançaram em relação ao ano anterior: 3,4%. Já o emprego recuou 7,7% e a massa salarial 18,3%.

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