Mineira guardSI tem aumento significativo nos negócios

Uma população cada vez mais conectada, um número crescente de ataques cibernéticos e um novo marco legal sobre uso de dados prestes a ser instalado no Brasil. Os motivos que trazem otimismo para o segmento de segurança de dados são muitos: essa será uma área cada vez mais demandada por empresas de todos os segmentos. É nesse contexto que a startup mineira guardSI Cybersecurity também esbanja otimismo e resultados concretos: com três anos de operação a empresa mantem a marca de dobrar o faturamento a cada ano e já abriu sua primeira filial em Portugal.
O CEO da startup, Leandro Rezende, explica que o crescimento da área de cybersegurança é natural, tendo em vista que, na medida em que a utilização de novas tecnologias aumenta, cresce também os ataques cibernéticos. De acordo com o Relatório da Segurança Digital no Brasil, produzido pelo dfndr lab, nos primeiros seis meses de 2018 foram detectados mais de 120 milhões de ciberataques via links maliciosos. O número é 95,9% maior que o registrado no mesmo período em 2017.
“Ainda ouvimos muito que esse é um problema só de empresas com dados muito sensíveis, como os bancos. Mas o criminoso não faz essa diferenciação. Há vírus que são enviados de maneira aleatória, de maneira que se qualquer pessoa clicar, desde a secretária até o dono da empresa, o criminoso pode criptografar, roubar as informações da empresa e pedir um resgate por elas”, alerta.
A guardSI Cybersecurity tem sede em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e é especialista em gestão de segurança da informação. O serviço inclui desde a criação da política de segurança de dados da empresa, passando pela estruturação dessa área, treinamento dos colaboradores até ações mais práticas, como testes de invasão e análise de vulnerabilidade.
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Além disso, a empresa se destacou recentemente com a criação de uma solução focada em pequenas e médias empresas. A ferramenta foi uma das premiadas no Innovation Awards Latam.
“A maioria as soluções de segurança de dados ou dos consultores desse segmento tem um custo alto e nem sempre acessível às pequenas e médias empresas. Nossa solução tem um custo mais baixo e, dessa forma, promovemos a inclusão dessas empresas no combate ao cyber crime”, diz. A ferramenta da startup permite que, a partir de um simples cadastro, a empresa avalie seu risco computacional, sua vulnerabilidade e receba um plano técnico de combate.
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Novas regras – Em três anos de operação, a startup já atendeu cerca de 35 clientes em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás. No ano passado, a empresa também chegou a Portugal, aproveitando a demanda gerada no país por causa da aprovação de legislação que regula uso de dados. O CEO acredita que a procura pelos serviços da startup também deve aumentar no Brasil com a aprovação da Lei Geral de Proteção de Dados, que está esperando apenas a sanção do presidente Michel Temer.
“Mais de 80% das novas regras que serão implementadas pelo marco legal tem a ver com o que a gente faz, que é segurança da informação. Acredito que, após a sanção, nossa demanda vai crescer e nosso faturamento deve ser triplicado”, aposta. A empresa opera hoje com dez colaboradores e a expectativa é que, até o fim de 2019, esse número chegue a 25.
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