Duke’n’ Duke prepara plano de expansão fora do Estado

Estruturado em três pilares – cerveja, música e hambúrguer -, o Duke’n’ Duke se prepara para terminar de conquistar Belo Horizonte e, então, partir para outras capitais.
Atualmente com uma loja própria na Savassi e três franquias, instaladas na Vila da Serra, no Centro e no Buritis, além de um espaço próprio dedicado exclusivamente ao delivery, a marca pretende atingir o limite de sua atuação na cidade, que entende ser o de seis ou sete lojas em BH, até o fim de 2019. Uma nova franquia já está vendida e deve ser aberta entre este ano e o início do ano que vem.
A franquia da marca, adotada há cerca de dois anos, começou com a loja na Vila da Serra, justamente para viabilizar a expansão. Foi o que permitiu também que a loja já existente no centro migrasse para este formato e que a terceira franquia fosse inaugurada no Buritis no fim do ano passado.
A marca, no entanto, não abre mão de sempre ter uma loja própria aliada à central de produção, o que também faz com que a expansão para além do Estado exija muito planejamento.
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“Já temos propostas para levar o Duke para Vitória e para Brasília, por exemplo, mas entendemos que para o modelo que desenvolvemos funcione, é fundamental ter uma unidade própria para gestão e produção na região em que estivermos. Isso porque prezamos muito essa pegada artesanal, não queremos parecer industrializados, sempre usamos produtos locais, então, para irmos para o Rio, que é uma vontade nossa, levaríamos a alma da marca, mas o cardápio não seria o mesmo, teria que passar por uma transformação em outra localidade. Porque o sabor local foi justamente o que levou o negócio a ter sucesso em BH”, explica o proprietário, Leo Soares.
O investimento por franquia é em torno de R$ 350 mil e o prazo de retorno para o franqueado, de 24 meses. Estes números, no entanto, já foram mais baixos, mas a crise e uma série de fatores ocorridos este ano fizeram com que houvesse uma reformulação nesta projeção.
“A crise atacou, os prazos de retorno aumentaram e o investimento também subiu um pouco. Os resultados que a gente esperava principalmente para este ano acabaram ficando abaixo do esperado também por causa da greve dos caminhoneiros e da Copa do Mundo, que não foi um bom período de vendas pra gente. A nossa visão otimista era chegar às seis ou sete casas em BH ainda este ano, o que não foi possível devido a estes fatores. Mas se a economia permitir, conseguiremos fechar o ciclo BH até o fim de 2019”, conta.
Delivery – Completando dois anos, o serviço foi colocado à parte dos restaurantes para não criar conflitos. Tanto nas casas quanto no delivery, o pico de pedidos ocorre às sextas e sábados à noite, e aos domingos. Daí, a decisão de concentrar os pedidos para entregas em um local próprio para isso e manter as lojas físicas apenas para atendimento in loco.
“Entendemos que o formato do delivery é completamente diferente do de loja física, são operações diferentes. Depois de muito pesquisar, percebemos que a alta demanda se dá justamente nos períodos de alta das unidades. Então, isso criaria um conflito na cozinha e logística”, conta Leo. O franqueamento do delivery também já está sendo estudado.
“Mineiridade” – Por ter nascido como um gastropub em 2010, com a proposta de seguir o estilo de pub britânico, onde as pessoas vão de fato para comer, diferente dos pubs frequentados prioritariamente por causa das bebidas, ainda hoje a impressão que se tem ao adentrar um restaurante Duke’n’ Duke é estar em um lugar tipicamente de fora do Brasil.
“Desde aquela época a ideia era valorizar a comida e combinar com o perfil de cerveja britânica, as cervejas artesanais que, em 2010, em BH, ainda não eram tão comuns como hoje. Começamos então a produzir uma cerveja exclusiva”, lembra. Atualmente, são oferecidas duas cervejas de fabricação própria, dezenas de outros rótulos no cardápio, hambúrgueres, grelhados, saladas e outras opções.
Para fugir um pouco da pinta de “importado’, que é favorecida pelo ambiente e pela experiência nos restaurantes, a marca lançou um menu degustação especial para comemoração de seus oito anos, disponível até o dia 16 de setembro.
“São pratos criados especialmente para celebrar os oito anos do Duke, e como ele tem essa cara um pouco britânica, a gente quer lembrar que é uma casa genuinamente mineira. Então todo este menu foi desenvolvido com essa alma, tem entrada de parmesão mineiro, o burguer leva geleia de jabuticaba levemente apimentada, o queijo artesanal é mineiro e até a sobremesa, que é um bolo de chocolate, tem um mousse de doce de leite.
Os nossos burguers são sempre homenagens a grandes músicos e artistas da música, porque a trilha ambiente também faz parte da essência do Duke. Este búrguer especial, por ser uma criação bem BH, foi batizado de Lô, em homenagem a Lô Borges”, conclui.
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