IPCA da RMBH fica estável em agosto

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) manteve-se praticamente estável na Região Metropolitana de Belo Horizonte em agosto, com leve variação negativa de 0,01%, menor queda entre as áreas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O grupo Habitação teve o maior aumento no período (1,11%), impulsionado principalmente pelo subitem taxa de água e esgoto (3,25%), com impacto mensal de 0,07 p.p. Outro destaque no mesmo grupo foi a energia elétrica residencial (3,01%), que representou o maior impacto mensal, de 0,12 p.p.
Entre os grupos que registraram deflação em agosto na RMBH, o destaque foi Transportes, com variação negativa de 0,87%. Com o fim das férias, a maior queda entre os subitens foi a das passagens aéreas, que caíram 32,65%. Nesse grupo, outra variação negativa relevante foi a de 6,13% do etanol.
O maior impacto negativo na RMBH no período foi causado pelo grupo Alimentação e Bebidas, com deflação de -0,62%. O leite longa vida foi responsável pelo maior impacto negativo no mês (-0,09 p.p.), com redução de 6,50%, enquanto a cebola (-23,15%), a batata-inglesa (-15,84%) e a banana-prata (-13,15%) também foram destaques do grupo.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
“Os aumentos da taxa de água e esgoto e da energia elétrica puxaram o índice para cima, enquanto vários itens de alimentação, como leite longa vida e cebola influenciaram na queda, por isso a estabilidade”, afirmou o coordenador da pesquisa, Venâncio Otávio Araújo da Mata.
Outros quatro grupos apresentaram aumento acima da média na RMBH: Artigos de Residência (0,80%), Despesas Pessoais (0,40%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,25%) e Comunicação (0,05%).
Leia também:
País tem 1ª deflação em pouco mais de 1 ano
Acumulado – O levantamento do IBGE apontou ainda que a variação do IPCA acumulada em 12 meses foi de 4,23% na RMBH, quinto maior resultado entre as áreas pesquisadas. Em 2018, o indicador acumulou alta de 3,38%.
O resultado do índice confirma a percepção de que os efeitos da paralisação nacional dos caminhoneiros ocorrida em maio se dissiparam, como explica Da Mata. “A última deflação da região metropolitana aconteceu em novembro de 2017. Além disso, houve um impacto maior no acumulado nos meses anteriores, devido à paralisação dos caminhoneiros”, avaliou.
Ouça a rádio de Minas