Presença de estudantes brasileiros em universidades no exterior cresce 15%

A presença de estudantes brasileiros em universidades internacionais aumentou 15% entre 2014 e 2015, apontou o relatório Wissenschaft weltoffen do Ministério da Pesquisa e Educação da Alemanha (BMBF), publicado em julho último. Com a evolução registrada, o crescimento de brasileiros matriculados fora do país, que passou de 37 mil para um pouco mais de 42 mil, foi o nono maior do período analisado.
Ao mesmo tempo, o número de estudantes internacionais no Brasil aumentou 30% entre 2014 e 2015. Dessa maneira, o Brasil alcançou o terceiro melhor desenvolvimento mundial neste período, depois de China (55%) e Turquia (33%).
Depois de crescer significativamente em anos anteriores, a presença de estudantes alemães em instituições brasileiras encolheu 7% entre 2014 e 2015, registrando a segunda maior queda depois da dos chineses (-8%).
Quanto ao número de candidatos ao doutorado pelo mundo, a presença de brasileiros cresceu 12,8% no período, apontou o relatório. Na Alemanha, por exemplo, 90 cientistas do Brasil obtiveram o título em 2016, confirmando uma presença importante no ensino superior alemão desde 2011.
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O relatório financiado pelo BMBF oferece um panorama sobre a internacionalização do estudo e pesquisa. As estatísticas compilam dados anuais do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (Daad), do Centro Alemão de Ensino Superior e Pesquisa Científica (DZHW) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Em 2015, as estimativas apontaram que 4,7 milhões estudantes estavam matriculados fora de seu país de origem, um aumento de 6% em relação ao ano anterior – a maioria vem da China, totalizando 860 mil.
Dentre os países com maior número de estudantes internacionais estão Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, França e Alemanha.
Internacionalização – Em 2017, a Alemanha recebeu 359 mil estudantes estrangeiros, um crescimento de 5% em relação ao ano anterior. Atualmente, cerca de 12,8% de todos os matriculados nas instituições alemãs vêm de outros países.
A origem desses alunos, em 29% dos casos, é da Ásia e Pacífico, seguido pelo Leste Europeu (20%). A América Latina corresponde a 5,7% do total, sendo o México o país que mais enviou estudantes para a Alemanha (545). O Brasil aparece logo depois, com 527 estudantes em 2017.
Na Alemanha, os estados mais populares entre os estudantes internacionais são Berlim (15%), Saxônia (14%) e Brandenburgo (13%).
O Centro Alemão de Ciência e Inovação São Paulo (DWIH São Paulo) foi criado em 2009 pelo Ministério das Relações Externas da Alemanha, como parte da política de internacionalização da ciência e pesquisa alemã. O objetivo é aumentar a visibilidade no Brasil da Alemanha como polo científico e tecnológico e favorecer a sinergia e o intercâmbio entre as instituições científicas alemãs e brasileiras, bem como destas com empresas.
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