Economia

Ministro diz que governo não deve segurar moeda

Ministro diz que governo não deve segurar moeda
Brasilia 22 05 2018 Ministro da Fazenda fala sobre a Cide cobradas sobre os combustíveis O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, fala à imprensa sobre a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) cobradas sobre os combustíveis, no Palácio do Planalto.Valter Campanato Ag Brasil

Brasília – O governo não pretende agir para segurar o dólar, afirmou ontem o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia. Em viagem a Fortaleza, ele falou que a volatilidade da moeda norte-americana nas últimas semanas ainda não motivou nenhuma medida por parte da equipe econômica.

De acordo com o ministro, boa parte das altas recentes deve-se a fatores internacionais, sobre os quais o governo não tem controle. “Não há nenhuma medida para ser tomada neste momento. O que existe são movimentos internacionais que têm pressionado moedas de países emergentes, como o Brasil”, declarou o ministro após evento na sede do Banco do Nordeste na capital cearense.

O ministro ressaltou que o governo está acompanhando a situação e acrescentou que somente reformas estruturais que reequilibrem as contas públicas conseguirão aumentar a resistência do País a crises “agora e no futuro”. Caso contrário, os governos que virão vão ter de aumentar a carga tributária. “O problema do déficit público brasileiro é o crescimento acelerado da despesa. Nós precisamos reverter essa tendência”, apontou.

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Previdência – Guardia reiterou que o País tem capacidade de lidar com turbulências internacionais, por ter baixo déficit em transações correntes (comerciais, de serviço e de rendas) e elevadas reservas internacionais. A principal dificuldade da economia brasileira, declarou o ministro, está no lado fiscal.

Segundo o ministro da Fazenda, o governo pode seguir em frente e tentar votar a reforma da Previdência depois das eleições, caso o futuro governante esteja de acordo. “Qualquer candidato que esteja comprometido com o processo de reformas, de modernização do Brasil, de redução de custo Brasil, de redução de custo tributário, de simplificação, de redução de burocracia e disciplina fiscal tem a minha simpatia”, disse.

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