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Obras de fábrica de ímãs avançam na RMBH

Obras de fábrica de ímãs avançam na RMBH
Ímãs de terras-raras são componentes usados em segmentos como o de veículos elétricos (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A implantação do primeiro laboratório-fábrica de ímãs de terras-raras no Brasil avança em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O LabFabITR, com investimento de aproximadamente R$ 100 milhões, já está em fase de compra de equipamentos e as obras civis devem ser concluídas neste semestre.

O projeto é uma iniciativa do governo estadual e da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e representa um avanço na agregação de valor às reservas de terras-raras existentes no Estado e um passo decisivo para o fomento de toda cadeia produtiva de motores e geradores elétricos de alta eficiência.

Com o suporte da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), a Codemge realiza a aquisição dos equipamentos necessários ao empreendimento, incluindo gaussímetro, fluxímetro, esquadro de precisão, paquímetros, micrômetros, rugosímetro, relógio comparador, bancadas modulares, e transferidor. A licitação nº 755479, na modalidade pregão eletrônico (nº 03/2019), tipo menor preço, foi agendada pela Fundep para 27 de fevereiro.

O investimento da Codemge, em obra civil e bens de capital, é de aproximadamente R$ 100 milhões. O laboratório-fábrica foi projetado para iniciar com capacidade anual de 23 toneladas, devendo alcançar a marca de 100 toneladas por ano de ímãs em até dez anos de operação.

“Os ímãs de terras-raras são componentes muito importantes para a indústria do futuro, para a produção de carros elétricos, drones, elevadores e motores de alta performance, por exemplo. É um grande avanço, já que eles, hoje, não são fabricados no Brasil. Eles são importados – cerca de 1.200 toneladas por ano – para serem consumidos no País”, destaca o presidente da Codemge, Marco Antônio Castello Branco.

Ainda segundo Castello Branco, a iniciativa contribui decisivamente para a diversificação da economia do Estado. “É um projeto inovador no Brasil e estamos usando conhecimento tecnológico e científico dos próprios brasileiros. Com isso, queremos atrair as indústrias para o ecossistema de ímãs de terras-raras. A produção inicial vai ajudar a estruturar toda a cadeia produtiva e de conhecimento”, avalia.

O projeto será implantado em um terreno de propriedade da Codemge, com área de 9.645 metros quadrados. A obra civil tem previsão de conclusão ainda no primeiro semestre de 2019. Já o startup da planta está planejado para outubro de 2019.

Parceiros do projeto – O projeto pioneiro conta com o apoio da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), do Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear (CDTN), da Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi) e da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), que integram os parceiros na fase de implantação e operacionalização do LabFabITR.

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