Linha Prodetur alcança a marca de R$ 2 bilhões

O ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, anunciou na última quinta-feira, em palestra em Criciúma (SC), que a linha de crédito Prodetur+Turismo chegou à marca dos R$ 2 bilhões divididos em 57 projetos apresentados, sendo 49 do setor público e oito da iniciativa privada. As propostas vêm de 45 municípios de 16 estados brasileiros, sendo Santa Catarina o estado que mais apresentou demandas: até o momento foram 26 projetos que somam R$ 559,8 milhões.
Na sequência, aparecem o Rio Grande do Sul, com nove propostas (R$ 339,4 milhões), e o Paraná (R$ 398,3 milhões), com seis. Os estados da Região Sul foram os primeiros a receber visitas do Prodetur Itinerante, que leva equipes técnicas do Ministério do Turismo para criar um canal direto de orientação e atendimento entre o contratante (cliente público ou privado) e o contratado (bancos de desenvolvimento).
Segundo o ministro do Turismo, o sucesso do programa de crédito é uma forte expressão da vitalidade do setor. “Quando as políticas públicas conversam com os desafios do País, o resultado é esse. O turismo é uma pauta moderna, frutífera, que alavanca grandes economias no mundo. No Brasil, vemos que não é diferente: tanto governos quanto empresários têm grandes projetos para contribuir com o crescimento da nação. O Prodetur é a oportunidade para realizá-los”, comentou.
O Selo Oficial + Turismo, concedido a propostas alinhadas às diretrizes da política nacional de turismo, já foi concedido pelo Ministério do Turismo a 37 projetos. O carimbo identifica que o documento passou por análise prévia do MTur e receberá prioridade de tramitação junto ao banco contratado na operação de crédito.
Os principais projetos que chegaram à área técnica do MTur são grandes obras de infraestrutura pública, incluindo rodovias, orlas, praças e planos de requalificação urbana. Até agora, o projeto de maior orçamento é o Seaquarium, complexo turístico que será construído em Gramado (RS) – R$ 115 milhões – e também em Foz do Iguaçu (PR) – R$ 220 milhões. Da área pública, o destaque é o plano de completa revitalização urbanística na capital mato-grossense, Cuiabá, orçado em R$ 300 milhões.
Fungetur – O orçamento do Fundo Geral de Turismo dará um salto de mais de 285% em 2019. Passará dos R$ 43,2 milhões destinados para o atual exercício para R$ 166,6 milhões, a maior dotação desde o ano passado, quando o fundo foi reformulado e adotou novas regras para a contratação de financiamentos por empresas do setor de turismo.
Se comparado com a dotação de 2017, de R$ 66,7 milhões, o crescimento apurado é de quase 150%. Até agosto de 2018, foram contratados nos oito agentes financeiros do fundo cerca R$ 38 milhões em projetos de construção, reforma e compra de máquinas e equipamentos para meios de hospedagem, transportadores turísticos, bares e restaurantes, entre outras atividades. A expectativa é de geração/manutenção de 1.107 empregos em função dos 17 contratos assinados até agora.
“A reformulação do Fungetur está atingindo os seus objetivos. Os números recentes mostram que há capilaridade, com o atendimento de municípios de vários estados; e foco, já que maior parte da clientela é composta de micro e pequenas empresas, que mais precisam de apoio”, afirma o ministro do Turismo. Segundo ele, a nova administração do Fungetur, a inclusão de novos agentes financeiros – já que anteriormente somente a Caixa Econômica Federal operava com recursos do fundo –, e a crescente demanda por crédito são alguns dos fatores que justificam o aumento da dotação orçamentária do Fungetur.
A principal atividade beneficiada pelo Fungetur, com 7 dos 17 contratos de financiamento assinados, é a de meios de hospedagem. Os recursos liberados para projetos hoteleiros estão principalmente em destinos de grande demanda como Gramado (RS), Araxá (MG), Atibaia (SP) e Balneário Camboriú (SC). Os demais referem-se a projetos de transportadoras turísticas, bares, restaurantes e cervejaria em municípios como Venda Nova do Imigrante, Domingos Martins e Vitória, referências no turismo do Espírito Santo; além de Belo Horizonte, Aracaju e Porto Alegre, entre outros.
A expectativa do Ministério do Turismo é que até o final deste ano sejam contratados outros R$ 53,7 milhões, valor equivalente a 36 projetos que estão em análise nos bancos. No total, a carteira de projetos deste fundo especial de financiamento conta hoje com 53 propostas, entre contratados e em análise, no valor global de R$ 92 milhões.
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