Cachaça busca espaço fora do País
Com outro produto típico brasileiro, a cachaça, o empresário Ademilson Tápparo, dono do Dom Tápparo Engenho, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, também busca inserção no mercado internacional. O engenho, uma empresa familiar há 40 anos no mercado, sempre vendeu sua produção no âmbito regional. Mas, recentemente, Ademilson firmou parcerias para garantir a presença em grandes supermercados e, agora, espera que os estrangeiros se encantem por cachaças como a Cabaré e a Dom Tápparo. O industrial também fabrica licores coquetéis.
“O custo-benefício para a exportação é melhor. O imposto que a gente paga para vender internamente, no Brasil, é bem maior. A degustação que a gente fez (durante a LAC Flavors) teve boa aceitação”, afirma o empresário. Segundo Ademilson, Chile, Costa Rica, Austrália, República Tcheca, Panamá, Alemanha, Equador e Paraguai estão entre os países que demonstraram interesse nos produtos.
Valor agregado – Segundo Márcia Nejaim, diretora de Negócios da Apex, apesar de os produtos básicos ainda serem o destaque da pauta de exportações brasileiras, o País tem conseguido ocupar espaços com seus produtos industrializados. “Se você olhar a pauta para a Argentina, é muito valor agregado. Para os Estados Unidos também. É verdade que o Brasil é um dos países mais competitivos no agronegócio. Mas é importante investir também nas empresas com manufaturados, tecnologia”.
O chefe da Divisão de Comércio e Investimento do BID, Fabrizio Opertti, que visitou a LAC Flavors, defendeu que os países agreguem valor a produtos e serviços que já fazem parte de sua cultura e particularidades, e citou o caso do Brasil. “É preciso agregar valor às nossas vantagens comparativas. Um país como o Brasil é uma superpotência de alimentos”, declarou. (ABr)
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