Prefeitura de Belo Horizonte prevê orçamento maior em 2019

A Prefeitura de Belo Horizonte prevê, para o ano de 2019, alta de 3,2% na receita do município, que totalizará R$ 12,93 bilhões. Os números das despesas são idênticos aos da receita, segundo consta do projeto da Lei de Orçamento Anual, protocolado na Câmara Municipal na sexta-feira pela Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão.
Na avaliação do subsecretário de Planejamento e Orçamento, Bruno Passeli, é um orçamento realista, com aumento amparado nas projeções de alta do Produto Interno Bruto (PIB) e da inflação no País, além da continuidade dos repasses da União e governo do Estado.
Do valor total do orçamento, aproximadamente 14% vão para investimentos. Segundo o projeto de lei, os maiores valores são relativos a custeio, com R$ 5,33 bilhões, e despesa de pessoal, que ficará com R$ 5,01 bilhões. Os investimentos ficarão com R$ 1,8 bilhão, sendo que a maior parte – R$ 1,29 bilhão – vai para obras.
Passeli diz que quanto maior a verba para investimentos, melhor. Mas, perante o cenário atual, a Secretaria Municipal de Planejamento vem atuando para priorizar a ampliação da prestação do serviço público sem aumentar custeio. “As receitas já não crescem mais como antes”, explica. Não há no orçamento para o ano que vem qualquer previsão de criação de impostos.
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De acordo com informações da Secretaria de Planejamento, quanto às obras, foram priorizadas intervenções em regiões de maior vulnerabilidade social da cidade, concentrando-as em três grandes áreas de atuação: urbanização de vilas e aglomerados; saneamento e drenagem; e manutenção.
As intervenções em drenagem e saneamento são as de grande porte para prevenção a inundações, como as obras de otimização do sistema de drenagem das bacias dos ribeirões da Pampulha e do Onça. Estão previstas ainda a recuperação de galerias pluviais e de obras para eliminação de risco geológico, como urbanização e contenção de encostas.
Também devem ter continuidade as obras de mobilidade no Complexo da Lagoinha, na Via 710 e de revitalização no Anel Rodoviário.
Saúde – A maior fatia do orçamento de 2019 será destinada à saúde, que ficará com R$ 4,39 bilhões, valor que equivale a 34% do total. Outra área prioritária é a educação, que ficará com cerca de R$ 1,99 bilhão, que representa 15% do orçamento. Outros setores de destaque são Previdência Social, que ficará com R$ 1,23 bilhão (9,54%); saneamento, com R$ 819 milhões (6,33%); e urbanismo, com R$ 796 milhões (6,15%).
A prefeitura tinha até final de setembro para encaminhar o projeto da Lei Orçamentária Anual à Câmara. Como a data coincidia com o domingo, a entrega foi antecipada. A votação deve ocorrer no final do ano. Segundo o texto, para os anos seguintes estão previstas altas na receita, que em 2020 deve ser de R$ 13,57 bilhões e, em 2021, chegará a R$ 14,11 bilhões. Também foi encaminhada para a Câmara Municipal a revisão do Plano Plurianual de 2019 a 2021.
Prestação de contas – Na quarta-feira, a Prefeitura de Belo Horizonte apresentou, em audiência na Câmara, a prestação de contas referentes aos meses de maio a agosto. Segundo informações do Legislativo municipal, os números apresentados indicaram a arrecadação de 57,4% das receitas e execução de 67,5% das despesas previstas.
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