Procuradoria quer perda de função e ressarcimento
Brasília – Para dar suporte à denúncia, a Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta cruzamentos entre os registros de viagens, entrada dos envolvidos na sede da empresa, tabela de pagamentos apresentada pelo colaborador e documentos apreendidos no escritório do advogado também confirmam a relação entre Ricardo Pessoa e Tiago Cedraz.
Além do ressarcimento em dobro, R$ 4,4 milhões, a Procuradoria pede a decretação da perda da função pública do ministro Aroldo Cedraz. A denúncia foi encaminhada ao relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin. O inquérito foi aberto em 2015.
A UTC foi declarada inidônea num outro processo que foi posteriormente aberto no Tribunal de Contas da União (TCU) para apurar irregularidades na contratação desse consórcio por Angra 3, mas esses fatos não fazem parte da denúncia. O fato de ter havido acusação ao ministro do tribunal não interfere no processo que trata do cartel na licitação.
Denunciado, o advogado Tiago Cedraz é também investigado na Operação Registro Espúrio, que investiga fraudes na concessão de registros sindicais. Ele prestou depoimento na última fase da operação, que agora foca em fraudes na restituição de contribuições sindicais recolhidas a mais ou indevidamente da Conta Especial Emprego e Salário (CEES). Além disso, foi ouvido na 45ª etapa da Operação Lava Jato, quando negou ter atuado a favor do interesse de integrantes do MDB na Petrobras.
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A assessoria de imprensa do TCU disse que o ministro Aroldo Cedraz não irá comentar. A reportagem ainda não conseguiu contatar o advogado Tiago Cedraz. (AE)
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