Agronegócio

70% do frango do Catar é do Brasil

70% do frango do Catar é do Brasil
Carne de frango brasileira exportada teve salto em receita e volume para o País em 2022 | Crédito: Divulgação

Com a realização da Copa do Mundo, o Catar, pequeno país de quase três milhões de habitantes, ganha visibilidade mundial e algumas curiosidades vêm sendo conhecidas, como as que se referem às relações comerciais com o Brasil, por exemplo. Cerca de 70% do frango consumido no Catar é brasileiro e, com a realização do Mundial, essas  exportações deram um salto. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o aumento foi de 67% em receita e, em volume, de 40%, nos dez primeiros meses deste ano.

É importante ressaltar que a proteína brasileira ganhou tanto espaço no país do Oriente Médio porque a população do Catar segue predominantemente a religião islâmica, ou seja, tem o halal como um estilo de vida e que rege, inclusive, a alimentação.

 Dessa forma, como explica o direor da CDIAL Halal, Ahmad M. Saifi, o Brasil não conquistou à toa a posição de maior exportador de carne de frango halal do mundo. “Foi pela qualidade dos nossos produtos, aliado ao respeito aos preceitos halal e ao preço competitivo que possibilitou ao Brasil conquistar e ter mantido essa relação sólida e promissora com os países árabes”, explica.

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Ahmad ressalta que os bons números na exportação do frango brasileiro ao Catar tiveram obviamente a influência da Copa do Mundo. Com a expectativa de que durante o evento o país receba cerca de 1,7 milhão de visitantes, o aumento da compra de alimentos teria um salto. Mas para o diretor, esta tendência de alta, mesmo que não seja nos mesmos patamares de 2022, pode acontecer nos próximos anos. “A Copa está trazendo uma grande visibilidade ao Catar e isso pode motivar turistas do mundo todo a visitarem aquele país e, com isso, mantermos também bons números nas exportações”, enfatiza.

Mercado halal 

Engloba quase ¼ da população mundial, em um quantitativo de mais de 1,8 bilhão de pessoas, com estimativa de aumentar para 2,8 bilhões em 2050, segundo o relatório State of the Global Islamic Economy. Este mercado gigantesco deve movimentar em torno de US$ 5,74 trilhões até 2024, de acordo com o relatório.

Halal significa lícito, permitido para o consumo do muçulmano. Mas, na religião islâmica, o halal reforça valores e envolve regras de conduta, comportamento, alimentação, além de bens de consumo e serviços.

Dessa forma, o halal vai muito além da alimentação e engloba diversas categorias como produtos químicos, farmacêuticos, cosméticos e até mesmo diferentes tipos de serviço. Porém, para ser halal, esses produtos não podem conter componentes de origem suína ou álcool. Nesse cenário, indústrias de diversos segmentos podem se tornar aptas a exportar para os países muçulmanos.

O que é CDIAL Halal – É a certificadora da América Latina acreditada pelos principais órgãos oficiais dos Emirados Árabes (EIAC) e do Golfo (GAC), o que confere seriedade e competência nos segmentos que atua. Também é a primeira da América Latina a conquistar a categoria cosméticos e fármacos. Esta certificação é aceita em todo o mundo, inclusive nos países de maior população muçulmana como Malásia, Indonésia, Singapura e Golfo Pérsico (ou Golfo Árabe). (Com informações da ABPA e CDIAL Halal)

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