Abate de bovinos cresce 31,98% em Minas Gerais

Minas Gerais, ao longo do primeiro trimestre, registrou aumento no abate de bovinos e na produção de leite, enquanto a produção de carne de frango e suínos recuou. Conforme os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as exportações em alta e o maior descarte de fêmeas explicam o aumento de 31,9% visto no abate de bovinos no Estado. A produção de leite aumentou 8%. Por outro lado, a queda dos preços dos suínos provocou uma retração de 10,9% no abate. Com as exportações de carne de frango menores, houve uma diminuição de 3,1% no abate das aves.
No Estado, de janeiro a março, o abate de bovinos apresentou incremento expressivo de 31,9% frente a igual período de 2023. Assim, foram abatidas 854,7 mil cabeças de bovinos. O volume representa 206,49 mil cabeças a mais.
Entre os fatores que contribuíram para o aumento, estão a alta das exportações e a maior destinação de fêmeas ao abate, que, nos últimos anos, ficaram retidas para reprodução. Conforme os dados do IBGE, Minas Gerais exportou 47,5 mil toneladas de carne bovina entre janeiro e março, representando, portanto, um avanço de 30,2% na comparação com o primeiro trimestre de 2023.
O abate de bovinos gerou 212,5 mil toneladas de carcaça, expansão de 34,2% frente ao primeiro trimestre de 2023. Com o resultado, o Estado encerrou o trimestre na quinta posição entre os maiores estados que abatem bovinos.
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“O resultado reflete a ampla oferta de animais proveniente do período de maior retenção de fêmeas para atividade reprodutiva, identificada entre 2019 e 2022. As exportações também se destacaram”, explicou o supervisor das Estatísticas da Produção Pecuária do IBGE, Bernardo Viscardi.
Abate de suínos e frangos cai em Minas Gerais
Ao contrário do abate de bovinos, o desempenho de suínos e frangos foi negativo. Em Minas Gerais, conforme os dados do IBGE, o abate somou 1,46 milhão de cabeças de suínos entre janeiro e março de 2024. No período, a queda chegou a 10,9%. Ao todo, a produção somou 131,01 mil toneladas de carcaça, 11,5% menor. Minas é o quarto maior produtor, atrás apenas dos estados do Sul do País.
Um dos fatores que pode justificar a retração é a queda dos preços do suíno. O valor pago pelo animal vivo ao produtor caiu de uma média de R$ 7,11 por quilo, para R$ 6,70 por quilo no primeiro trimestre de 2024. Resultando, então, em uma retração de 5,76%.
No caso do frango, o volume abatido, 118,6 milhões de cabeças, retraiu 3,1%. O peso das carcaças chegou a 249,4 mil toneladas, gerando queda de 6,1%. Ao longo dos primeiros três meses do ano, os embarques de carne de frango feitos por Minas retraíram 18,1%, com a exportação de 41,5 mil toneladas. Esse montante representou, assim, 9,1 mil toneladas a menos do que igual período de 2023.
Produção de leite
No Estado, maior produtor de leite do País, a captação cresceu. Ao todo, foram 1,568 bilhão de litros no primeiro trimestre. Assim, houve um incremento de 8% frente ao mesmo intervalo do ano passado. Alta também no volume industrializado, 8,5%, somando, portanto, 1,565 bilhão de litros. No Brasil, a captação cresceu 3,3%, somando 6,2 bilhões de litros.
Conforme os dados do IBGE, o preço líquido médio do litro de leite pago ao produtor no 1º trimestre de 2024 foi de R$ 2,25, valor 16% abaixo do praticado no trimestre equivalente do ano anterior. Porém, em comparação ao preço médio visto no 4° trimestre de 2023, houve acréscimo de 7,1%.
Com o resultado, Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 25,3% da captação nacional, seguida por Paraná (14,5%), Santa Catarina (12,6%) e Rio Grande do Sul (11,6%).
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