Agronegócio

Abates de frangos e suínos sobem em MG

Abates de frangos e suínos sobem em MG
Crédito: Jonas Oliveira

Os abates de frangos e suínos, em Minas Gerais, ao longo do primeiro trimestre de 2020, apresentaram altas de 7% e 5,8%, respectivamente, enquanto o de bovinos recuou 1% quando comparado com igual período do ano anterior.

Ainda de acordo com a Pesquisa Trimestral de Abate Animal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Estado, foi verificado aumento da produção de leite, 3,7%, e de ovos, 5%.

Segundo os dados do IBGE, ao longo do primeiro trimestre de 2020, frente igual período do ano anterior, foram abatidas, em Minas Gerais, 648,6 mil cabeças de bovinos, o que representa uma queda de 1%. No intervalo, o peso das carcaças atingiu 158,9 mil toneladas, variação positiva de 2,6%.

Os pesquisadores do IBGE explicam que a queda nos abates de bovinos também foi verificada em nível nacional (-8,5%). A redução, segundo o IBGE, deve-se a vários fatores, desde o consumo interno menor até as variações de preços. Um diferencial observado, por exemplo, foi que, devido à melhoria dos preços dos bezerros, os produtores de carne preferiram poupar as fêmeas do abate para que elas possam gerar mais bezerros. Isso reduziu o número de fêmeas abatidas em relação ao primeiro trimestre de 2019 e impactou o volume total de abates.

Apesar da queda no abate de bovinos, os demais itens pesquisados no Estado apresentaram resultados positivos. No caso de frangos, foram abatidas 113,2 milhões de cabeças, variação de 7%. O peso das carcaças aumentou 13,9% e encerrou o intervalo em 270,5 mil toneladas.

Em suínos, foi verificada elevação de 5,8% no abate, totalizando 1,45 milhão de cabeças. O peso das carcaças avançou 5,9% e fechou o primeiro trimestre de 2020 em 125,58 mil toneladas.

Exportações – De acordo com o IBGE, um dos fatores que estimulou o aumento no abate de suínos e frangos (Brasil) foi a demanda maior proveniente do mercado externo. Houve um aumento das exportações de carnes ao longo do primeiro trimestre, alavancado, principalmente, pela China. O país asiático está sendo afetado pela Peste Suína Africana e, por isso, está compensando as perdas na produção interna com as carnes brasileiras.

Apesar do volume de frango exportado por Minas ter ficado menor no período, os preços mais acessíveis das carnes de frango no mercado interno, quando comparados com as demais, contribuiu para o aumento do abate.

Segundo os dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), ao longo do primeiro trimestre de 2020, as exportações de frango apresentaram alta de 1,2% em faturamento, que encerrou o primeiro trimestre em US$ 38,8 milhões. As negociações com o exterior somaram 21 mil toneladas, queda de 11,1%.

As exportações de carne suína tiveram resultados positivos. O faturamento foi de US$ 82 milhões e representou um avanço de 180% frente ao mesmo período do ano anterior. Foram destinadas ao mercado internacional 2,94 mil toneladas de carne suína, aumento de 140%.

Leite e ovos – Ao longo do primeiro trimestre, a quantidade de leite adquirido em Minas Gerais cresceu 3,7% e somou 1,637 bilhão de litros. O volume industrializado, 1,635 bilhão de litros, subiu 3,9%.

A produção de ovos somou 90,1 milhões de dúzias, variação positiva de 5%. No período, o efetivo de galinhas caiu 1%, somando 15,1 mil aves.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas