Entidades do agronegócio de Minas e governo assinam protocolo para prevenção de incêndios rurais

Os incêndios rurais além de causarem impactos severos em diversos tipos de cultivo, também afetam a biodiversidade e a qualidade do solo, causando prejuízos à produção agrícola e à pecuária. Em busca de levar mais segurança para o campo, o governo de Minas Gerais assinou um protocolo para prevenção de incêndios no meio rural junto à entidades do setor produtivo. A ideia é que através da parceria estratégica sejam realizadas ações conjuntas de monitoramento, educação ambiental, capacitação de brigadas rurais e fortalecimento das comunidades frente aos incêndios florestais.
O protocolo foi assinado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o Corpo de Bombeiros Militar (CBMMG) e também o Sistema Faemg Senar, a Associação Mineira da Indústria Florestal (Amif), o Sistema Ocemg, a Associação da Indústria da Bioenergia e do Açúcar de Minas Gerais (Siamig Bioenergia) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG).
Conforme o presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio Pitangui de Salvo, a parceria é estratégica por unir o governo, produtores rurais e instituições públicas e vai proteger tanto a produção agrícola e pecuária como a biodiversidade e o solo.
“Estamos dando um passo importante. Os danos que os incêndios causam são muitos. Na produção de florestas – somos o maior maciço – precisamos ter cuidado especial para preservar esse valioso ativo, isso serve da mesma forma para a nossa cana de açúcar, uma cultura tão importante, essa energia renovável verde que Minas e Brasil têm”, afirmou.
As queimadas têm se tornado um desafio no campo. Em Minas Gerais, entre julho e setembro de 2024, os incêndios atingiram mais de 305 mil hectares e causaram prejuízos de R$ 1,2 bilhão, especialmente em pastagens e lavouras. A iniciativa busca fortalecer a atuação integrada e ampliar a colaboração entre governo, produtores e sociedade na proteção ambiental e redução dos impactos das queimadas.
Segundo Salvo, a agropecuária de Minas e do Brasil precisam de ações preventivas e desenvolvidas em conjunto. “O dano acarretado por um fogo descontrolado dentro da propriedade é imensurável em termos produtivos e financeiros. Por isso, a prevenção será fundamental, assim como a orientação para nosso povo e estamos prontos para trabalharmos juntos. Vamos fazer uma Minas melhor, mais tranquila, sem fogo, sem incêndios, com calma, paz e alegria para todos nós”, disse.
Conforme os dados da Faemg, o protocolo reforça o compromisso das instituições em desenvolver normas técnicas conjuntas, promover a capacitação de brigadas rurais, compartilhar os focos de calor mapeados e integrar esforços para fortalecer a resiliência das comunidades frente aos incêndios florestais.
A iniciativa busca alinhar estratégias de comunicação, educação ambiental e políticas públicas voltadas à sustentabilidade, criando uma rede colaborativa entre governo, produtores e sociedade civil para enfrentar os desafios causados pelas queimadas no campo.
A comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, Jordana Filgueiras Daldegan, também ressaltou a importância da parceria para levar segurança à produção de alimentos e também ao meio ambiente.
“Trabalhar em parceria com o setor agropecuário é essencial, precisamos unir forças, compartilhar experiências e buscar soluções conjuntas. Temos tecnologia, conhecimento e, sobretudo, comprometimento para agir de forma coordenada, proteger o meio ambiente e garantir a sustentabilidade e o desenvolvimento de Minas Gerais. O fogo não reconhece fronteiras, mas, juntos, estaremos cada vez mais preparados para enfrentá-lo”, disse.
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