Agronegócio

Agronegócio mineiro gera US$ 10,7 bilhões com exportações de janeiro a setembro

O segmento registrou crescimento de 12% no montante exportado no período, representando cerca de 12,1 milhões de toneladas
Agronegócio mineiro gera US$ 10,7 bilhões com exportações de janeiro a setembro
Crédito: Seapa/Divulgação

O agronegócio mineiro registrou crescimento de 12% no montante exportado nos primeiros nove meses do ano, representando cerca de 12,1 milhões de toneladas movimentadas. No entanto, as exportações geraram US$ 10,7 bilhões, ao todo, no período de janeiro a setembro, uma queda de 8% em relação ao mesmo período em 2022. A diminuição ocorreu devido ao valor internacional das commodities.

“Houve uma desvalorização desses produtos em relação ao ano passado. Ainda assim, as vendas do setor agropecuário responderam por 36% de tudo que Minas exporta, mostrando a força do segmento dentro das exportações e a tendência é crescer cada dia mais”, diz o subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Caio Coimbra.

O setor de produtos florestais foi o que mais contribuiu para o aumento no período. Minas Gerais realizou exportações para a China, Estados Unidos, Indonésia, Itália, Japão e Países Baixos. 

De acordo com Coimbra, as vendas de celulose tiveram papel fundamental no destaque do setor. “As vendas externas de celulose, madeira, papel e borracha somaram US$ 823 milhões e 1,3 milhão de toneladas, com aumento de 29% na receita e de 22% no volume”, afirma.

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Cerca de 695 mercadorias da agropecuária mineira foram exportadas para 182 países. O preço médio dos produtos foi de US$ 880,39 a tonelada. Os principais países compradores foram a China com 35%, os Estados Unidos representando 8%, a Alemanha com 6%, o Japão contribuindo com 4% e a Itália representando o mesmo valor.

Contribuições de outros setores do agronegócio mineiro

Setor Sucroalcooleiro 

O complexo sucroalcooleiro contribuiu com 12% para as vendas no agronegócio do Estado. Cerca de US$ 1,3 bilhão foram gerados para Minas, devido à exportação de açúcares e álcool. O açúcar gerou 92% das vendas, com registro de US$ 1,2 bilhão.

Cafeicultura

Devido a diminuição dos valores do café, o produto sofreu redução na receita. De janeiro a setembro, o lucro foi de US$ 3,8 bilhões, com o envio de 17 milhões de sacas. Os principais países importadores foram: Estados Unidos, com US$ 664 milhões; Alemanha, representando US$ 577 milhões; Itália com US$ 346 milhões; Japão, registrando US$ 278 milhões; e Bélgica com US$ 247 milhões. 

Apesar da queda, ainda há expectativas para um desempenho melhor do café em 2023. O produto contribuiu com 36% do montante exportado nos primeiros nove meses do ano. Espera-se que a safra total do ano alcance 28,3 milhões de sacas, representando aumento de 29%, quando comparada à safra total de 2022. As boas condições das lavouras, o acréscimo de 6,5% na área produtiva e o aumento de 21% na produtividade são os principais motivos para a espera de um resultado positivo.

Setor da Soja 

O setor da soja, que inclui grãos, óleo e farelos, teve lucro de US$ 3,1 bilhões, com 5,9 milhões de toneladas exportadas. Houve aumento de 14% no montante e diminuição de 2% no valor. Os grãos de soja registraram vendas positivas, em especial com as compras da China, Irã, Tailândia, Taiwan e Argentina.

Apesar da queda nos preços da soja em setembro, as exportações do produto contribuem de forma contínua para o agronegócio mineiro, em vista da crescente demanda por alimentos baseados no grão e por biocombustíveis.

Proteínas e Carnes

O segmento obteve como resultado uma receita de US$ 1 bilhão, em um montante de 318 mil toneladas compradas por outros países, representando 10% nas vendas do agronegócio do Estado. As carnes bovinas acompanharam o recuo da demanda chinesa, com queda de 33% para o preço e 12% no volume.

Em contrapartida, a carne de frango registrou resultado positivo, com 28% de vendas no setor, gerando US$ 286 milhões e 146 mil toneladas, e destaque na valorização de 8% nos lucros e 14% no quantitativo comprado pelos países. Também com resultados positivos, a carne de porco contribuiu com 16 mil toneladas e US$ 37 milhões. Houve crescimento de 18% para a receita e 8% no montante.

*estagiário sob supervisão da edição

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