Agropecuária gera mais de 1,9 mil vagas em julho

O agronegócio é um dos motores da economia mineira com recordes na safra de grãos, que atingiu 16,8 milhões de toneladas em 2022, e também nas exportações, com US$ 15,3 bilhões embarcados no mesmo período. A força do setor se reflete na geração de empregos. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em julho deste ano, as atividades agropecuárias geraram 1.981 empregos com carteira assinada, a grande maioria do segmento das lavouras temporárias, com destaque para o alho.
Minas Gerais é o maior produtor de alho do país e vem registrando aumento na safra desde 2018. A produção mineira alcançou 80 mil toneladas, em 2022, com crescimento de 8,3% em relação à safra anterior, de acordo com dados preliminares do IBGE. A área também registrou crescimento de 7,7%, chegando a 5,2 mil hectares.
São Gotardo, na região do Alto Paranaíba, é um dos principais polos produtores de alho do estado e recebe mão de obra de todo o País. “A cada hectare de alho plantado, a gente tem de três a quatro pessoas trabalhando. O plantio e a colheita são feitos manualmente um a um, tem também o processo de limpeza e isso requer muita mão de obra”, afirma a produtora rural Juliana Lisboa Ribeiro.
No acumulado janeiro a julho deste ano, foram gerados 29.554 empregos no setor agropecuário, com crescimento de 2% comparado ao mesmo período de 2022. Atualmente, o total de empregos do setor agropecuário mineiro é de 309. 607 postos de trabalho.
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Outro dado que sinaliza a continuidade deste bom momento da atividade na promoção do emprego e renda é o crescimento dos recursos do crédito rural. De acordo com os levantamentos da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), na safra 2022/2023, foram destinados R$ 656,5 milhões para o custeio das lavouras de alho, com crescimento de 33,7% em relação à safra anterior.
Comércio aquecido
Além de gerar emprego e renda no campo, o bom desempenho das atividades agropecuárias influencia a criação de novos postos de trabalho nos centros urbanos das cidades e no comércio. “Contando todas as culturas que temos na região de São Gotardo, alho, cenoura, beterraba e repolho, são mais de 10 mil empregos gerados. Isso implica em crescimento de consumo que, por sua vez, movimenta o comércio. A região não tem indústria, é o agronegócio que movimenta toda a tenda no comércio”, relata o engenheiro agrônomo e diretor executivo da Sekita Agronegócios, Eduardo Sekita de Oliveira. (Seapa-MG)
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