Alagro nasce com o objetivo de promover o agro sustentável

Com o objetivo de promover o fortalecimento do conhecimento no campo, o conhecimento sustentável e levar as boas práticas do agro e dos negócios do Brasil para a América Latina foi lançada, em Belo Horizonte, a Academia Latino-Americana do Agronegócio (Alagro). A entidade tem sede em Montevidéu, capital do Uruguai, e um escritório em Belo Horizonte.
Conforme o presidente da Alagro, Manoel Mário de Souza Barros, a academia congrega mais de 20 países que integram a América Latina. O órgão será uma importante ferramenta para o avanço sustentável do agronegócio.
“A Alagro é fruto de um sonho do mineiro e ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, que é o fundador e patrono da Academia. Ela é voltada para o fortalecimento e conhecimento no campo, para fortalecer o conhecimento sustentável e para levar as boas práticas do agro para toda a América Latina”.
Ainda segundo Barros, uma das iniciativas é a criação de cursos que possam levar tecnologias, inovação e conhecimento para os profissionais.
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“Pela Alagro e diversas parcerias formadas, vamos ofertar cursos avançados e integrar a Rede Alysson Paolinelli de Sustentabilidade e Paz junto com o Fórum do Futuro e a Universidade Harven Agribusiness School, em Ribeirão Preto”.
Cursos
Ainda segundo Barros, hoje a Alagro está reunindo diversas entidades para a formulação dos cursos que serão ministrados em toda a América Latina. A ideia é ofertar diversas linhas de cursos em mais de 120 áreas do setor rural, do financeiro ao carbono.
“Nosso objetivo é ofertar cursos superiores e técnicos em Minas Gerais, no Brasil e na América Latina. Vamos criar uma linha progressiva de acordo com cada país e buscar novas modalidades. Mas, sempre vamos preservar o estímulo à economia verde e posições corretas, claras e modernas da inovação e tecnologia”.
A previsão é começar o processo em novembro e o disponibilizar os cursos, já no início de 2024, que serão em plataformas híbridas. Além disso, o objetivo é que a capacitação da Alagro esteja presente também em congressos, seminários, workshops e feiras voltadas para o setor agropecuário.
“Nosso objetivo é abordar todos os assuntos importantes para a evolução sustentável do setor. Será um mutirão verde de conhecimento em todas as áreas do agro. Vamos dar continuidade, na América Latina, ao legado do Alysson Paolinelli, trazendo, então, consistência e conhecimento de alto impacto para o setor”.
Ainda segundo o presidente da Alagro, a entidade “nasce forte, consolida todas as matérias e os marcos regulatórios que envolvem as cadeias produtivas do Brasil e da América Latina contextualizando aspectos importantes de infraestrutura, logística, armazenamento e agricultura de precisão”.
“A Alagro vem, principalmente, para fortalecer e estimular a descarbonização da economia, ajudando na mitigação dos fatores climáticos e ajudando a integrar o Mercosul. Alagro também entra firme para apoiar as negociações junto a comunidade comum europeia para o fortalecimento do Mercosul, já que hoje congregam vários países”.
Evolução internacional
A entidade também vai trabalhar firme para que o Brasil tenha uma boa reforma tributária, que se adeque aos padrões internacionais para que o Brasil venha a participar da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
“Alagro entra firme como esses compromissos, mas também para fortalecer a entrada na OCDE, levando o Brasil a ser reconhecido como um dos maiores produtores agrícolas do mundo. O Brasil não é só exportador de commodity grãos, é também protagonista em energia limpa, biocombustíveis, proteínas animais, frutas. Nós estamos falando que as cadeiras produtivas envolvem quase 1 bilhão de toneladas disponíveis para o mundo”.
A academia também terá um papel relevante para que o Brasil aumente a produção até 2050, sendo, assim, fundamental para alimentar o mundo.
“O Brasil alimenta, hoje, mais de 1 bilhão de pessoas no planeta e está se preparando, com tecnologias e políticas para se transformar na fazenda do planeta. A estimativa é alimentar, até 2050, pelos menos 50% da população mundial, que está estimada em 10 bilhões de pessoas”.
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