Agronegócio

Alagro Summit 2025: união da América Latina para se fortalecer no agronegócio

Posição foi defendida pelo ex-ministro da Agricultura e Pecuária do Uruguai, Fernando Mattos, que participou na terça-feira (25) de evento na capital mineira que reuniu autoridades do setor
Alagro Summit 2025: união da América Latina para se fortalecer no agronegócio
Alagro Summit 2025 reuniu autoridades do setor, que discutiram, por exemplo, a demanda crescente por alimentos no mundo | Crédito: Diário do Comércio / Michelle Valverde

O agronegócio de Minas Gerais e do Brasil tem papel fundamental na segurança alimentar mundial. Com potencial de ampliar a produção de forma sustentável e atender à demanda crescente por alimentos no mundo, o setor precisa se fortalecer para vencer as barreiras, como o protecionismo no comércio mundial. Para discutir as tendências e os desafios do setor aconteceu, na terça-feira (25), em Belo Horizonte, o Alagro Summit 2025. O evento, organizado pela Academia Latino-Americana do Agronegócio (Alagro), reuniu as principais autoridades do setor.

O vice-presidente da Alagro, Rafael Lacerda, ressaltou que o evento é fundamental para que o agronegócio continue pujante e se fortalecendo para enfrentar barreiras.  

“Reunimos as maiores autoridades do agronegócio do País para discutir as principais tendências e desafios enfrentados. É um evento que vai entrar para o calendário do setor. O agronegócio, hoje, representa uma parcela muito importante do PIB brasileiro. O setor está carregando o Brasil nas costas, somos o celeiro do mundo. Por isso, falar sobre a segurança climática, alimentar, abordar a mineração, a reforma tributária é tão importante”, explicou.  

Fortalecimento conjunto dos países latinos-americanos

Entre os assuntos abordados durante o evento, o ex-ministro da Agricultura e Pecuária do Uruguai, Fernando Mattos, ressaltou que o momento atual é de incerteza mundial devido ao protecionismo do comércio mundial e, por isso, é importante que os países da América Latina trabalhem unidos para se fortalecer no agronegócio. 

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Ele explicou que as incertezas acontecem devido, principalmente, às medidas adotadas pelos Estados Unidos. Para Mattos, as disputas entre os Estados Unidos e a China são previsíveis, mas ninguém imaginaria a disputa da primeira economia do mundo com seus principais aliados, como o Canadá e o México, o que traz imprevisibilidade. Além disso, há ainda a imposição de tarifas sobre produtos, que devem afetar os países latinos-americanos. 

“Na projeção dos novos desafios da política latino-americana, há maior necessidade de união entre nossos países. Se colocarem barreiras comerciais cada vez mais altas, nós precisamos ter esse fator de união na América Latina e tentar levar adiante através de todos os órgãos de cooperação. É preciso ter um projeto latino-americano conjunto para trabalharmos mais unidos, mais fortes, mais prósperos e, dessa maneira, tentar enfrentar uma tendência protecionista no comércio mundial, que nunca trará prosperidade e nem melhor futuro para nossas populações”, disse.

Alagro Summit discutiu temas relevantes do agronegócio

Conforme o presidente da Alagro, Manoel Mário de Souza Barros, o Alagro Summit 2025 reuniu autoridades e principais players do setor do agronegócio, que discutiram questões fundamentais para o presente e o futuro do setor. Entre os temas abordados estavam a mineração e os biofertilizantes, que são essenciais para reduzir a dependência brasileira em relação às importações de fertilizantes. Também foi abordada a reforma tributária e os impactos no agronegócio.

Outro tema foi a segurança climática. O agronegócio é o setor mais impactado pelos eventos extremos, como a seca prolongada e chuvas intensas. Segundo Barros, é possível enfrentar a insegurança climática integrando tecnologias adaptativas e políticas públicas que fortaleçam a resiliência do setor frente à crescente demanda mundial por alimentos. 

O País também é visto como importante para a segurança energética, uma vez que tem potencial e vantagens naturais e tecnológicas que o colocam na posição de líder na transição energética.

“O agronegócio não pode parar. Ele precisa evoluir constantemente, superar desafios e garantir a segurança alimentar global. Principalmente frente aos desafios vivenciados nos últimos anos”, disse Barros. 

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