Agronegócio

Análises em queijos ganham agilidade

Imunoanalisador, adquirido por instituto ligado à Epamig, é capaz de detectar patógenos com alta confiabilidade
Análises em queijos ganham agilidade
Crédito: Divulgação

Um imunoanalisador capaz de detectar bactérias patogênicas rapidamente e com alta confiabilidade foi adquirido recentemente pelo Instituto de Laticínios Cândido Tostes, ligado à Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig ILCT). O equipamento vai possibilitar um salto nas pesquisas no Estado, em especial com queijos artesanais, permitindo o desenvolvimento de estratégias que ajudem o produtor na adoção de boas práticas nas fazendas e de medidas para o aumento da qualidade do produto final.

O analisador Vidas ® 30 pode ser utilizado na detecção de patógenos como Salmonella, Listeria, Listeria monocytogenes, Escherichia coli O157, Enterotoxina estafilocócica e Campylobacter em amostras alimentares e ambientais. O sistema é formado por um módulo analítico, dividido em cinco sessões com capacidade para a realização de até 30 ensaios simultâneos, um computador no qual está instalado o software, e uma impressora. Os resultados, já considerando tempo de incubação, são conhecidos em um prazo de 24h a 48h. “A correta identificação nos possibilita ser mais precisos na detecção desses tipos de patógenos em queijos e em outros lácteos”, explica o coordenador do Programa Estadual de Pesquisa em Leite e Derivados da Epamig, Junio de Paula. O pesquisador destaca que, mesmo instalado em Juiz de Fora, na Zona da Mata, onde é a sede do instituto, o equipamento irá beneficiar produtores de ao menos quatro regiões produtoras em Minas Gerais.

As análises iniciais feitas pelo novo equipamento vão atender ao projeto “Monitoramento da qualidade de queijos artesanais de Minas Gerais e capacitação de técnicos e produtores visando agregação de valor e competitividade”, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig). O escopo de estudos e ações práticas propõe melhorar a qualidade dos queijos das regiões de Alagoa, Mantiqueira, Serras da Ibitipoca e Campo das Vertentes por meio de diagnósticos dos produtos e no acompanhamento da produção nas fazendas. É um projeto que vai beneficiar também o consumidor, que vai  adquirir queijos artesanais de maior qualidade.

Novo equipamento do ILCT tem capacidade para realizar até 30 ensaios simultaneamente e resultados saem de 24h a 48h | Crédito: Marcelo Ribeiro/EPAMIG-ILCT

Etapas

O projeto, iniciado neste mês, terá duração de 36 meses e será realizado em cinco etapas principais. São as seguintes: monitoramento da produção e da qualidade dos queijos artesanais das regiões analisadas; aplicação de questionário para identificar as principais demandas de pesquisas por parte dos produtores; análise dos dados coletados; proposição de ações de melhoria da qualidade dos produtos e difusão dos resultados.

O projeto está treinando e capacitando técnicos da Emater-MG e produtores queijeiros, que vão disseminar informações científicas. Vão ser publicados também cartilhas, boletins técnicos e artigos técnico-científicos para uso em congressos da cadeia produtiva do queijo, que ficarão à disposição da comunidade e poderão servir de subsídio para a regulamentação de novas regiões produtoras em Minas Gerais.

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O analisador Vidas ® 30 foi adquirido com recursos de emenda proposta na Câmara dos Deputados. (Epamig)

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