Agronegócio

Anvisa proíbe ‘café fake’ e três marcas terão produtos recolhidos por riscos à saúde

Produtos conhecidos como "café fake" apresentavam impurezas, toxinas e rótulos enganosos; consumidores devem evitar o consumo imediatamente
Anvisa proíbe ‘café fake’ e três marcas terão produtos recolhidos por riscos à saúde
Foto: Unsplash/Alfred Kenneally

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento imediato de três marcas de pó para preparo de bebida sabor café, conhecidos como “café fake“, após uma inspeção revelar sérias irregularidades sanitárias e de rotulagem. As empresas responsáveis estão proibidas de fabricar, comercializar, distribuir, divulgar ou manter em estoque os produtos. 

A investigação foi conduzida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que inspecionou as fábricas e analisou amostras dos produtos. Segundo o laudo técnico, as amostras apresentaram matérias-primas impróprias para consumo humano e contaminação por toxinas.

Veja quais são as marcas de “café fake” proibidas pela Anvisa

  • Master Blends Indústria de Alimentos Ltda.: pó para o preparo de bebida sabor café
  • D M Alimentos Ltda.: pó para o preparo de bebida sabor café tradicional, marca Melissa
  • Jurerê Caffe Comércio de Alimentos Ltda.: pó para o preparo de bebida sabor café preto, marca Pingo Preto

O que foi encontrado nos produtos fake

 De acordo com a Anvisa, nos três casos, os motivos da proibição são os mesmos. As principais irregularidades detectadas foram:

  • Contaminação por ocratoxina A: micotoxina produzida por fungos, tóxica para o ser humano.
  • Presença de matérias estranhas: como cascas e resíduos de café, que foram rotuladas indevidamente como polpa de café ou café torrado e moído.
  • Falta de boas práticas de fabricação: contaminações no produto final indicam falhas no controle de qualidade e na seleção das matérias-primas.
  • Rótulo enganoso: imagens e descrições que induzem o consumidor a acreditar que se trata de café tradicional.

A orientação da Anvisa é que esses produtos não devem ser consumidos. As empresas devem iniciar o recolhimento do estoque imediatamente.

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Procurado, o Grupo Jurerê, responsável pelo pó para o preparo de bebida sabor café preto, marca Pingo Preto, afirmou que o produto teve sua produção encerrada em janeiro de 2025. A empresa destacou também que a o o saldo residual do produto já foi recolhido do mercado até que sejam esclarecidos os fatos com os órgãos competentes.

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