Agronegócio

Avanço da colheita vem confirmando alta na safra de grãos de Minas Gerais

Estimativa da Conab aponta para crescimento de 8,8% e Estado deve colher 17,4 milhões de toneladas no período 2024/2025; novamente, soja é destaque
Avanço da colheita vem confirmando alta na safra de grãos de Minas Gerais
Dentre os grãos produzidos em Minas, soja aponta para uma safra 17,4% maior frente à anterior | Crédito: Cesar Machado / Adobe Stock

O avanço da colheita das culturas de primeira safra está confirmando o crescimento da produção de grãos em Minas Gerais. Conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a estimativa aponta para uma alta de 8,8%, com a colheita de 17,4 milhões de toneladas de grãos. Na safra 2024/25, a soja se destaca com um aumento de produção estimado em 17,4% e 9,14 milhões de toneladas. 

No País, a safra total de grãos tende a alcançar 330,3 milhões de toneladas, gerando, assim, uma alta de 10,9% frente à safra anterior, quando foram colhidas 297,7 milhões de toneladas de grãos. Conforme o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Fabiano Vasconcellos, até o momento, o 7º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25 vem consolidando bons resultados. 

“A primeira safra já está em fase final de colheita, então, as estimativas iniciais vão se confirmando com uma boa produção, principalmente, na soja”, explicou.

Os dados da Conab mostram que a área de cultivo da safra de grãos 2024/25, em Minas Gerais, é de 4,26 milhões de hectares, alta de apenas 0,4% frente a 2023/24. Já a produtividade crescerá 8,4%, alcançando 4 toneladas por hectare.

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Produção de soja é o destaque da safra de grãos 2024/25

Dentre os grãos produzidos em Minas Gerais, a maior produção será de soja. A estimativa da Conab aponta para uma safra de 9,12 milhões de toneladas, portanto, um aumento de 17,4% frente à safra de grãos 2023/24.

No caso da soja, que tem maior liquidez e preços mais rentáveis, houve um aumento da área de cultivo de 3,4%, somando, então, 2,3 milhões de hectares. A área da oleaginosa cresce sobre o espaço antes dedicado a outras lavouras, como o milho e o feijão, por exemplo. O clima favorável estimulou a produtividade, que chegou a 3,9 toneladas por hectare, 13,5% maior que na safra anterior.

“A colheita está avançada e vemos uma recuperação frente à última safra que foi impactada pelo clima. A redução de precipitações em março facilitaram o avanço da colheita. Algumas lavouras tardias, em Minas Gerais, tiveram parte do potencial prejudicado pela restrição hídrica e também altas temperaturas. Mas os números caminham para a consolidação de uma safra maior”, explicou Vasconcellos. 

Safras de milho e de feijão serão menores

Ao contrário da soja, a produção de milho tende a recuar em Minas Gerais. Os dados apontam para uma queda de 2% no volume total a ser colhido na safra 2024/25, chegando, portanto, a 6 milhões de toneladas. Na cultura, a área de plantio caiu 8,2%, somando 1 milhão de hectares. Com o clima favorável, a expectativa é de aumento de 6,7% na produtividade, com a colheita de 5,7 toneladas por hectare. 

Na  primeira safra de milho a estimativa é colher 3,8 milhões de toneladas, uma queda de 1,6% frente à safra anterior. A área plantada ficou menor em 8,5%, com o uso de 625,9 mil hectares. 

“A estimativa mostra uma redução da área, o que vem acontecendo devido à  competição com outras culturas, principalmente, com a soja. Com a colheita avançando, há conformação de avanço na produtividade, superando a última safra”, disse Vasconcellos. 

Para a segunda safra, a estimativa é de queda de 2,9% na colheita, estimada em 2,1 milhões de toneladas. Para o período, a área de produção tende a alcançar 423 mil hectares, 7,7% menor que o espaço utilizado em igual safra anterior. 

Feijão

No caso do feijão, a produção total em Minas Gerais caminha para uma queda de 1,5% frente à safra passada, com um volume de 509 mil toneladas. Na primeira safra, houve redução de 5,9% em volume, somando, então, 194,3 mil toneladas do grão. 

Conforme a avaliação da Conab, a colheita da primeira safra de feijão, em Minas Gerais, está finalizada. As operações foram concluídas em março, em áreas pontuais, assim, pode-se confirmar uma produção inferior a 2023/24, por conta da redução na área total plantada. A área cultivada retraiu 12,1%, com o uso de 124,5 mil hectares. 

“Fatores mercadológicos, como os preços pagos pelo feijão, não têm sido tão atrativos quando comparados a outros cultivos de verão, como soja e milho. Além disso, o maior risco climático de plantio do feijão na primeira safra contribuiu para essa diminuição na destinação de área”, explica o relatório.

Para a segunda safra, a perspectiva é colher 156,4 mil toneladas, gerando, assim, uma retração de 2,8%. Para a terceira safra, a tendência é de estabilidade, com um volume de 158,4 mil toneladas de feijão. 

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