Agronegócio

Produzido nos céus: conheça a história do azeite mineiro considerado um dos melhores do mundo

Qualidade do produto foi reconhecida nos concursos internacionais, nos quais os azeites são avaliados por critérios sensoriais, como ausência de defeitos e equilíbrio de sabor
Produzido nos céus: conheça a história do azeite mineiro considerado um dos melhores do mundo
Azeite Grattacielo foi premiado em concursos internacionais | Foto: Divulgação/Roner Naves

O que começou com o desejo de construir uma casa no alto da Serra da Mantiqueira virou uma premiada produção de azeite extravirgem. O Grattacielo, azeite mineiro produzido em Córrego do Bom Jesus, no Sul de Minas Gerais, conquistou quatro medalhas de ouro em dois concursos internacionais em 2025 — dois no EVOO International Olive Oil Contest, na Itália, e dois no International Olive Oil Competition, na Turquia.

“Depois que eu e minha esposa nos casamos e tivemos os filhos, decidimos comprar um pedacinho de terra na Serra da Mantiqueira. Nem esperávamos, queríamos uma área suficiente apenas para construir uma casa”, lembra o produtor Roner Naves. A propriedade, localizada a quase 1.800 metros de altitude, se mostrou ideal para o cultivo de oliveiras.

Com sete anos de plantio e três de produção, este foi o primeiro ano em que Naves e a família realizaram todo o processo na própria fazenda. “Foi nesse ano que montamos nosso lagar. Agora, a azeitona é colhida e, no mesmo dia, é prensada”, afirma.

Para garantir a qualidade e o sabor, o azeite mineiro Grattacielo é produzido a partir das variedades Koroneiki, Arbosana e Arbequina — tanto em versões monovarietais quanto em blends.

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Azeite é produzido a 1800 metros de altitude

Segundo o produtor, o diferencial do azeite está no clima e na localização do olival. “Para uma oliveira produzir bem é preciso, pelo menos, 500 horas por ano abaixo de 12 °C. E como a fazenda está a uma altitude de 1800 metros, faz frio, o que garante as condições climáticas para as oliveiras florescerem”, explica.

A qualidade do produto foi reconhecida nos concursos internacionais, nos quais os azeites são avaliados por critérios sensoriais rigorosos, como ausência de defeitos e equilíbrio de sabor. “O meu azeite ganhar premiações, para mim, é igualzinho a um filho esperado. Imagina um filho querido e esperado que te dá muito orgulho”, compara.

Neste ano, com a retomada da produção e a instalação do lagar, a expectativa da família foi superada com a conquista das medalhas. “Estamos muito felizes porque todos os azeites que nós enviamos, todos foram premiados”, diz o produtor.

De onde vem o nome do azeite premiado?

Com ascendência italiana, Naves batizou a marca de Grattacielo, que significa “arranha-céu” em italiano. “O nome foi dado baseado na altitude da plantação. Se o Burj Khalifa, que é o maior arranha-céu do mundo, está a menos de mil metros de altitude, a minha produção, que está muito mais alta, pode ser considerada um arranha-céu”, brinca.

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