Bioinsumo vai ajudar milho a suportar seca

Um dos grandes lançamentos da Embrapa é o bioinsumo Auras. Após mais de uma década de pesquisas, a Embrapa selecionou uma bactéria encontrada na rizosfera do mandacaru (Cereus jamacaru), importante cacto da região da Caatinga, que vai ajudar as lavouras de milho a suportarem a seca.
De acordo com a Embrapa, a rizobactéria Bacillus aryabhattai é a base de um novo bioinsumo que aumenta a resiliência e a capacidade de adaptação das plantas do cereal ao estresse hídrico. O produto, que recebeu o nome comercial de Auras, é capaz de promover o crescimento da cultura mesmo em condições de seca.
O presidente da Embrapa, Celso Moretti, destacou que este é o primeiro produto comercial destinado a mitigar os efeitos causados pelo estresse hídrico nas plantas e não tem concorrentes registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
“Esta tecnologia é de grande destaque. O uso de bactérias encontradas no mandacaru vai promover a convivência de plantas com a seca. Este é o resultado de mais de uma década de pesquisa e que vai ajudar o produtor. Estamos iniciando com a cultura do milho. Não tenho dúvidas que esta tecnologia terá grande sucesso nas regiões com baixa oferta de água no Brasil”.
Conforme os dados da Embrapa, o foco inicial do produto será o milho, com estimativa de 70% da demanda na segunda safra (que acontece em um período de menor pluviosidade) e os 30% restantes na safra de verão. A projeção é de que o Auras salve da seca entre seis e oito sacos de milho por hectare, em média, contra um investimento que gira ao redor de meio saco de milho por hectare.
Ouça a rádio de Minas