BNB desembolsa mais de R$ 265 mi para MG

Montes Claros – Agricultores familiares de Minas Gerais receberam mais de R$ 265 milhões em mais de 37 mil operações de crédito contratadas pelo Banco do Nordeste (BNB) nos primeiros oito meses do ano. Desse montante, R$ 232 milhões contemplaram clientes do programa de microcrédito rural da instituição, o Agroamigo Banco do Nordeste. Os outros R$ 32 milhões foram pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Em toda a área de atuação do banco, que inclui os estados nordestinos e parte de Minas Gerais e do Espírito Santo, as operações para agricultura familiar entre janeiro e agosto somaram R$ 3,2 bilhões em mais de 400 mil operações, sendo R$ 2,6 bilhões pelo Agroamigo e R$ 600 milhões pelas 14 linhas do Pronaf.
“Os recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) beneficiam milhares de famílias que dependem da agricultura para sua sobrevivência, além de agregar valor à produção e movimentar a economia”, afirma o superintendente de Agronegócio e Microfinança Rural, Luiz Sérgio Farias Machado. Ele destaca que o BNB responde por 98% dos créditos para investimento com esse público na região e ainda por 71,4% de todos os financiamentos do Pronaf em sua área de atuação.
Responsável pela maior fatia dos empréstimos, o Agroamigo Banco do Nordeste atende a agricultores familiares que possuem receita bruta anual de até R$ 360 mil, em duas modalidades: Agroamigo Crescer, voltado aos clientes enquadrados no Grupo B do Pronaf; e o Agroamigo Mais, que contempla os demais grupos, exceto A e AC. Os financiamentos podem chegar a R$ 20 mil, a depender do enquadramento do cliente e do projeto apresentado.
Impactos positivos
De acordo com o Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), área de estudos e pesquisas do BNB, o desembolso de recursos para a agricultura familiar no 1º semestre de 2022 foi responsável pela manutenção de 204 mil empregos, incremento de R$ 790 milhões na massa salarial, ampliação de R$ 373 milhões na arrecadação tributária e de R$ 2,8 bilhões no valor adicionado à economia.
“Na medida em que o agricultor familiar passa a consumir mais insumos para sua atividade, isso tem impacto na economia como um todo, garantindo inclusive postos de trabalho formais nas cidades, nos setores de comércio, indústria e serviços”, esclarece Airton Saboya, economista do Etene.
Ouça a rádio de Minas