Boas condições climáticas favoreceram as regiões

Dentre as regiões produtoras de Minas Gerais, a estimativa é de que a região Sul colha 16,67 milhões sacas de café arábica, um incremento de 21,9% quando comparada à safra 2017. A produtividade média esperada é de 32,85 sacas por hectare, aumento de 19,2% em relação à safra passada.

Para o Cerrado mineiro, a projeção de produção da safra 2018 é de 6,96 milhões de sacas de 60 quilos, o que representa um aumento de 90,5% quando comparado com o ciclo anterior. Houve incremento também na produtividade média, 71,1%, passando de 21,5 sacas por hectare em 2017 para 36,8 sacas por hectare em 2018.

O ganho previsto em produtividade no Cerrado para essa temporada se deve, principalmente, às boas condições climáticas na região, além do uso de irrigação e do ciclo bienal positivo da cultura. Segundo os técnicos da Conab, o incremento também é reflexo dos expressivos investimentos realizados nas lavouras no período em que as cotações do café estiveram em alta.

Na região da Zona da Mata, as estimativas apontam para uma produção de 7,5 milhões de sacas, aumento de 15,9% quando comparada com o ciclo anterior. A área em formação aumentou 8,7%. Já a área em produção reduziu 1,1% quando comparada com o ano passado. Em relação à produtividade, a tendência é de um aumento de 17,3%, alcançando 26,95 sacas de 60 quilos por hectare.

A maior produção nas Matas de Minas, segundo a Conab, é justificada pela inversão da bienalidade das lavouras no atual ciclo, além das condições climáticas favoráveis, floradas vigorosas e homogêneas, tratos culturais adequados e baixos registros de chuvas durante a maior parte da colheita, que proporcionaram o crescimento e maturação uniformes dos frutos.

Outro ponto favorável destacado pela Conab é em relação à qualidade do café da Zona da Mata. Além de apresentar peneira alta, nesta safra vem sendo registrados altos índices de café bebida com notas acima de 80 pontos.

Nas regiões Norte de Minas, Jequitinhonha e Mucuri, a produção sairá de 621,7 mil sacas para 726,9 mil sacas em 2018, variação positiva de 16,9%. O aumento é atribuído ao clima favorável – com temperaturas amenas e chuvas mais regulares e bem distribuídas -, ao manejo adequado através de tratos culturais, além do ciclo de bienalidade positiva e da tendência de aumento da produtividade média da cultura nessa safra, que deve chegar a 27,5 sacas por hectare, uma elevação de 43,7%. (MV)