Café de Minas Gerais é o preferido pelos consumidores do País

O café produzido em Minas Gerais é o favorito entre os consumidores brasileiros. É o que aponta a pesquisa “Coffee Lovers 2024″. De acordo com o estudo, o Estado conta com cinco das nove regiões produtoras mais citadas pelos entrevistados, com destaque para o Sul de Minas que lidera com 20,6%.
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O levantamento realizado pela consultoria São Paulo Coffee Hub e o Diário de um Coffee Lover, em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), mostra que o café produzido na região da Mantiqueira conta com 17,8% da preferência do público. Enquanto aqueles do Caparaó, localizado na divisa entre Minas Gerais e Espírito Santo, foram citados por 15,4% dos consumidores.
Confira o ranking das regiões produtoras de café e os destaques de Minas Gerais
- Sul de Minas (20,6%);
- Mantiqueira de Minas (17,8%);
- Caparaó (15,4%);
- Cerrado mineiro (12,3%);
- Montanhas do Espírito Santo (10,4%);
- Chapada Diamantina (6,7%);
- Alta Mogiana (6,3%);
- Matas de Minas (6,2%);
- Amazônia (1,1%).
Para a gerente de marketing da Abic, Mônica Pinto, um dos fatores que contribuíram para esse cenário, além do fato de Minas Gerais ser o maior produtor de café e a diversidade de sabores presentes na região, é a realização de concursos regionais que contribuem para a promoção deste produto.
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“Os admiradores de café se identificam mais com o café mineiro muito por conta do perfil bem divulgado do produto”, avalia.

Além da divulgação, ela também aponta para o bom trabalho realizado pelos produtores de café dessas regiões para produzirem em grande quantidade e mantendo a qualidade da bebida.
No entanto, a gerente de marketing ressalta que o mercado nacional, como um todo, é capaz de proporcionar cafés com diferentes aromas e sabores, atendendo diversos tipos de consumidores.
“O Brasil pode atender todos os gostos e sabores, nós temos qualidades em diversas regiões. Mas acredito que Minas, muito por ser o maior produtor, sempre acaba tendo essa lembrança muito afetiva”, disse.
Quanto às origens internacionais, os grandes destaques foram a Etiópia e a Colômbia, com 44,1% e 22,4% dos entrevistados, respectivamente. Em seguida aparecem: Quênia (2,9%) e Guatemala (2,8%). Outros 15,9% disseram que não consomem cafés de origem estrangeira e 8,8% não souberam responder.
Hábitos de compra dos consumidores de café no Brasil
O levantamento ouviu 646 pessoas e identificou as tendências de consumo e hábitos dos amantes do café no Brasil. Mônica Pinto destaca que os participantes do levantamento fazem parte de um grupo bem diferenciado de consumidores, que têm investido em equipamentos e apostado em diferentes métodos de preparo do produto, além de dar mais importância para as certificações.
Segundo ela, esse público também está em busca de uma experiência sensorial diferenciada. “Eles querem realmente saber qual a característica sensorial, os atributos sensoriais dos cafés que eles estão adquirindo”, completa.

Perfil dos amantes de café no Brasil
De acordo com os dados da pesquisa, 33,1% do público entrevistado afirma ter preferência por comprar os produtos por meio de grupos de compras coletivas e 28,2% relatam utilizar o e-commerce. Além disso, 18,7% dos brasileiros costumam realizar as compras em uma cafeteria, 14% obtêm o café direto do produtor e outros 5,1% optam por comprar no supermercado.
A maioria (58,8%) dos consumidores disse que costuma efetuar a compra de café uma vez por mês, enquanto 29,7% relatam adquirir o produto a cada 15 dias. Outros 5,7% fazem compras uma vez por mês e apenas 0,2% dos brasileiros afirmam comprar café todos os dias.
O estudo também aponta que 76,3% dos entrevistados preferem obter café torrado em grãos, 9,2% em cápsula, 5,7% torrado e moído, 5,1% drip coffee, e 2,7% café cru. Além disso, 68,7% dos respondentes definiram os blends (mistura) de café como “muito bons”, enquanto que 21,2% revelam não ter muito conhecimento a respeito dessa técnica e 7,3% disseram que não consomem.
Mais da metade (51%) dos consumidores compra entre três e cinco pacotes de 250 gramas (g) por mês; 17,6% adquirem menos de três pacotes; 16,7% costumam comprar mais de cinco pacotes e 14,7% optam por três pacotes de café.

Modo de preparo e certificação do café
Para 26,5% das pessoas entrevistadas no levantamento o equipamento Hario V60, coador de marca japonesa que permite uma boa extração de cafés coados, é o melhor no preparo da bebida. Outros 16,8% preferem a prensa francesa e 14,1% tendem a escolher o coado tradicional.
Veja os modos de preparo mais citados
- Hario V60 (26,5%);
- Prensa francesa (16,8%);
- Coado tradicional (14,1%);
- Kalita (8,4%);
- Koar (7,7%);
- Aeropress (6,4%);
- Moka (6,3%);
- Espresso (5%);
- Origami (4,8%);
- Clever (2,4%).
Embora apenas 5% dos consumidores citaram o modo de preparo espresso, 52,9% dos participantes na pesquisa afirmam terem a máquina de espresso em casa. Além disso, quando questionados se tinham moedor de grãos em suas residências, 91,6% responderam que sim.
O estudo ainda aponta que 60,4% conhecem algum selo ou certificação referente ao café e que 52,4% conhecem o selo da Abic. O que demonstra como os selos são importantes instrumentos de validação.
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