Ceasa contorna impactos da Covid

Mesmo com a pandemia, a oferta de alimentos na Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas), unidade Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), seguiu próxima à normalidade.
A estimativa é de que o volume de comercialização encerre o ano com queda entre 5% e 8%. Na parcial de dezembro, apesar das condições climáticas menos favoráveis, a oferta de hortaliças e frutas ficou maior em 4,4% e 7,2%, respectivamente.
De acordo com o chefe da Seção de Informação de Mercado da Ceasa Minas, Ricardo Martins, 2020 não foi um ano muito fácil. A oferta de alimentos sofreu impactos negativos das chuvas fortes em janeiro e no início da pandemia. Mas os desafios foram superados e o abastecimento garantido.
“No início da pandemia, com o fechamento de escolas, bares e restaurantes, a comercialização foi um pouco afetada, mas, em compensação, produtores e comerciantes nos informaram que o maior consumo nas residências acabou compensando. Acredito que vamos fechar 2020 com queda de 5% a 8% no volume comercializado, o que não é muito dramático. Outra questão que chegou a afetar a oferta foi o excesso de chuvas no início, que impactou o volume ofertado em abril e maio, quando foi registrada queda em torno de 8%”.
Ainda segundo Martins, o abastecimento na unidade segue dentro da normalidade. No levantamento feito, acumulado de dezembro de 1º a 25 frente a igual período de novembro, a oferta de alimentos ficou maior na Ceasa Minas. Alguns produtos foram afetados pelo clima seco e as altas temperaturas entre setembro e outubro, o que provocou uma alta nos preços.
Hortaliças – De 1º a 25 de dezembro, a oferta de hortaliças na unidade ficou 4,4% superior frente ao mesmo intervalo de novembro, chegando a um volume de 52,2 mil toneladas, ante 50 mil toneladas. O preço médio por quilo foi de R$ 2,48, queda de 2% frente aos R$ 2,53 registrados na média de novembro.
No período, foram registradas quedas nos preços de alguns produtos importantes. No caso do repolho, o quilo apresentou redução de 43,8%, saindo de R$ 1,60 para R$ 0,90 em dezembro. O valor do quilo do chuchu retraiu 71%, saindo de R$ 1,62 para R$ 0,47 em dezembro. No caso do quiabo, a redução foi de 44,2%, com o quilo caindo de R$ 3,82 para R$ 2,13.
Outros produtos, que tiveram menor oferta, apresentaram alta nas cotações. Esse foi o caso da abobrinha italiana, cujo quilo apresentou alta de 43,2%, saindo de R$ 0,88 para R$ 1,26 em dezembro.
Um dos principais produtos e com alto consumo, a batata teve os preços elevados em 13,3%, com o quilo sendo reajustado de R$ 2,33 para R$ 2,64 em dezembro. Outro item importante e muito consumido, a cenoura ficou 9,5% mais cara, com o quilo sendo negociado a R$ 1,62, frente a R$ 1,48 praticado em novembro.
Oferta de frutas cresce 7,2%
Ao longo dos primeiros 25 dias de dezembro, a oferta de frutas na Ceasa Minas somou 47,6 mil toneladas, ante 44,4 mil toneladas registradas em igual intervalo de novembro, o que garantiu uma alta de 7,2% na oferta. Mesmo com a maior disponibilidade de itens, o preço médio do quilo de fruta ficou 13,8% maior, saindo de R$ 2,76 para R$ 3,14.
“Em dezembro, a demanda pelas frutas é muito maior. Além disso, ocorre a entrada de frutas típicas de festas de final de ano, que são mais caras e importadas. Isso contribui para o aumento do preço médio. Entre as frutas mais demandadas, nesse período, estão o pêssego, as amêndoas e castanhas, lichia, ameixa, por exemplo”, disse o chefe da Seção de Informação de Mercado da Ceasa Minas, Ricardo Martins.
Entre as frutas mais populares, também foi verificada alta nos valores. O quilo da banana prata subiu 45,1% saindo de R$ 2,37 para R$ 3,44. No caso da melancia, a alta chegou a 38,8%, com o preço médio atingindo R$ 1,68 em dezembro, ante R$ 1,21 registrado em novembro. O quilo do mamão Havaí subiu 26,4%, saindo de R$ 2,46 para R$ 3,11.
Dentre as quedas, destaque para o limão taiti. O quilo do limão apresentou redução de 16,8%, caindo de R$ 1,84 para R$ 1,53. O preço da uva niagara foi reduzido em 13%, passando de R$ 7,74 o quilo para R$ 6,73. No caso do mamão formosa, a redução foi de 23,8%, com o quilo comercializado, em média, a R$ 1,83.
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