Agronegócio

Cebola e alface sobem mais de 30% na Ceasa

12º Boletim Prohort indica que preços de hortifrutis mantiveram movimento de alta de outubro para novembro
Cebola e alface sobem mais de 30% na Ceasa
Na Ceasa Minas, cebola teve alta mais expressiva, 33,75% | Crédito: Divulgação

Em Minas Gerais, os preços dos hortifrutis mantiveram o movimento de alta em novembro frente a outubro. De acordo com os dados do 12º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Centrais de Abastecimento (Ceasas), elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as chuvas registradas no Estado interferiram na produção, colheita e na distribuição de produtos agrícolas.

Em novembro, a cebola apresentou a alta mais expressiva, 33,75%, e a alface ficou 32,84% mais cara. Entre as quedas, destaque para a cenoura, 11,35%.  

No relatório da Conab, os pesquisadores apontam que as chuvas registradas em várias partes do Brasil, incluindo o Estado, interferem tanto na colheita dos produtos como no transporte, fazendo com que haja uma maior pressão nos preços. 

Das cinco hortaliças pesquisadas em Minas foi verificada alta de dois dígitos nos preços de três delas. Entre as maiores variações de preços está a alface, que subiu 32,84% e chegou a R$ 6,38 o quilo. Segundo a Conab, o preço em Minas Gerais está bem acima da média ponderada do Brasil, que encerrou novembro em R$ 3,29, apenas 0,26% acima do mês anterior. As chuvas nas regiões produtoras têm comprometido a produção.

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Alta significativa também foi vista na cotação da cebola, 33,75%, com o quilo negociado a R$ 6,31. Conforme a Conab, o acréscimo nos preços ocorre desde novembro de 2021, chegando em novembro de 2022 aos mais altos níveis de preços devido à oferta ainda não ter se recuperado. 

Também afetado pelas chuvas, o tomate apresentou valorização de 22,67%, com o quilo negociado, na média de Minas, a R$ 3,79. As chuvas nas regiões produtoras além de dificultarem a colheita, retardam a maturação do fruto afetando a oferta.

Os preços da batata também subiram em novembro, apesar da alta ter sido menos expressiva do que os demais itens. A valorização foi de  3,02%, com o quilo vendido a R$ 3,09. Para a Conab, a perspectiva é que os preços da batata venham a diminuir com a intensificação da oferta devido à colheita da safra das águas. Porém, a redução dos valores pode sofrer interferência das chuvas, que prejudicam a colheita, e da maior demanda de fim de ano. 

Dentre as hortaliças pesquisadas, somente a cenoura registrou retração nos preços. Entre outubro e novembro, a queda foi de 11,35% e o quilo foi vendido a R$ 1,37. A maior oferta tem favorecido a queda de preços para os consumidores. 

Já a alface, ficou 32,84% mais cara de um mês para outro | crédito: Divulgação

Frutas

As frutas também tiveram os preços alavancados entre outubro e novembro. A maior alta – 15,62% – foi registrada nos preços da banana, cujo quilo foi vendido, em média, a R$ 4,50. A menor oferta é um dos fatores que justificam o aumento dos preços.  

Em novembro, o quilo da melancia ficou 13,08% mais caro que o registrado em outubro, encerrando o mês em R$ 1,89 o quilo.

No caso da laranja, os preços subiram 1,35% no mês, chegando a 2,09 o quilo. O mês de novembro foi marcado por alta das cotações na maior parte das Centrais de Abastecimento, resultado da  restrição de oferta para a indústria e o varejo devido às paralisações pós-eleições.

Segundo o relatório, no caso da laranja, houve dificuldade tanto de escoamento da colheita nas propriedades rurais quanto da chegada dos trabalhadores nas fazendas para executarem o trabalho. Assim, os preços ficaram pressionados no início do mês, voltando à normalidade com o passar dos dias e a reabertura  das estradas.

O quilo do mamão retraiu 7,9% e foi negociado, em média, a R$ 4,81. A maçã apresentou pequena variação positiva de 1,35% e o quilo foi vendido a R$ 7,65. O relatório da Conab destaca ainda que, apesar da variação menos expressiva, os preços da maçã estão em patamares elevados. 

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